PRIVATIZAÇÃO

Seis distribuidoras da Eletrobras devem ir a leilão em maio

As distribuidoras de energia de seis Estados serão vendidas

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 10/03/2018 às 14:15
Foto: JC Online
As distribuidoras de energia de seis Estados serão vendidas - FOTO: Foto: JC Online
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu as seis audiências públicas, exigidas pelo Programa Nacional de Desestatização (PND), para os processos de leilão das seis distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste, que devem ser privatizadas em maio próximo. São elas: a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), a Amazonas Energia (AM), a Cepisa (PI), além das distribuidoras do Acre, Rondônia e Roraima.

A maioria das distribuidoras de energia do País passou para a iniciativa privada no começo dos anos 2000. “Só o anúncio da privatização dessas distribuidoras já contribuiu para melhorar o valor de mercado da Eletrobras. São empresas que dão prejuízos recorrentes por causa da má gestão, interferência política, entre outros motivos”, explica o diretor da empresa Finacap, Luiz Fernando Araújo.

O processo das distribuidoras é diferente da privatização da Eletrobras e suas principais subsidiárias. Nas distribuidoras, o governo planeja vender a empresa como um todo. Os editais de venda das distribuidoras devem ser publicados este mês, de acordo com o BNDES, e os leilões ocorrerão na antiga BM&FBovespa, em São Paulo. Cada uma delas terá seu próprio leilão individual.

Os investidores interessados terão que apresentar suas propostas até o final de abril. Esse projeto tem menos resistência política e já foi instalada uma comissão especial no Senado para acompanhar essa privatização.

ELETROBRAS

Já a privatização da Eletrobras ocorrerá com parte da venda das ações da estatal e suas principais subsidiárias. É justamente esse projeto que tramita na Câmara. Entre as subsidiárias, as mais valorizadas são Chesf e Furnas. A Itaipu binacional e a Eletronuclear estão fora da operação. A primeira, por ser binacional; a segunda, por questão de segurança nacional.

O governo federal espera arrecadar cerca de R$ 12 bilhões com a venda das ações da Eletrobras e das subsidiárias. A Chesf passou a apresentar prejuízos desde 2013, quando perdeu grande parte das suas receitas devido à Medida Provisória 579, assinada pela presidente Dilma Rousseff (PT), com a finalidade de reduzir a conta de energia dos brasileiros.

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