ELEIÇÕES 2018

Com MDB na oposição a Paulo, PSB mira aliança com PT

PSB vê PT e outros partidos como PP e PDT como uma compensação caso perca o tempo de TV do MDB

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 21/03/2018 às 7:05
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Apesar de endossar o discurso de que ainda há uma batalha jurídica que pode manter o MDB nas mãos do deputado federal Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry, o Palácio do Campo das Princesas já enxerga a possível aliança com o PT como uma alternativa para compensar a perda de tempo de TV e fundo partidário com a ida da sigla para a oposição. Aliado de primeira hora de Paulo, Jarbas também está nos planos como candidato ao Senado na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), mesmo que dispute por outra sigla.

“Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e os demais integrantes do MDB de Pernambuco honram qualquer partido político do Brasil. O que estão tentando fazer contra eles é uma das maiores violências da história política nacional. Mas essa luta não se encerrou. Ainda acredito que a Justiça há de prevalecer. Jarbas e Raul têm o nosso apoio e solidariedade”, afirmou Paulo Câmara, por meio de nota.

Para o PSB, o maior impacto de perda para a sigla é o risco de que a oposição tenha mais tempo de TV e rádio. A avaliação dos socialistas é que dificilmente algum candidato de peso irá ingressar no MDB com o senador Fernando Bezerra Coelho, em meio à batalha que ainda segue na sigla. Apesar disso, com a junção de partidos expressivos como PSDB e DEM na oposição, Paulo Câmara corre o risco de disputar a reeleição com menos tempo de TV.

PDT e PP

Por isso, as medidas para garantir, na Frente Popular, a presença de partidos capazes de agregar tempo de guia eleitoral. O primeiro movimento foi a ida do PDT para a Secretaria de Agricultura, com Wellington Batista. O segundo deu-se quando da ampliação do espaço do PP no governo do Estado, com a ida de Cloves Benevides para a Secretaria de Desenvolvimento Social e de Plínio Pimentel para a administração do Arquipélago de Fernando de Noronha.

Apesar de apostar em uma aproximação com o PT, no Palácio há quem defenda que o movimento não se dê de forma açodada. O governo prefere enfrentar apenas um candidato pela oposição, inclusive para poder colar no grupo a pecha de “palanque de Temer”.

Pavimentando apoios, Paulo Câmara se reuniu na semana passada com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para tratar da aproximação entre as siglas, e esteve com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que pode ser candidato a presidente pelo PSB.

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