Durante a inauguração do comitê central "Espaço 14" da chapa majoritária do Pernambuco Vai Mudar, o candidato a senador Bruno Araújo (PSDB) fez críticas ao também candidato à Casa Alta, mas na chapa adversária, Jarbas Vasconcelos (MDB).
A respeito de uma afirmação de Jarbas que defendia a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser candidato à Presidência da República, o tucano disparou: "Quem tem que avaliar é o eleitor pernambucano, se é coerência ou se é oportunismo".
Três anos depois de dizer que ver o petista preso em Curitiba seria uma "cena bonita", Jarbas, na mesma coligação que o PT e com o petista preso, aliviou o tom. “Defendo a possibilidade de Lula ser registrado e ser candidato. Se vai ser ou não, é outro problema”, afirmou, em entrevista ao programa de rádio Cidade em Foco, transmitido em rádios do Agreste, há uma semana.
Jarbas também vem pedindo votos para o petista Humberto Costa, um antigo desafeto e que agora é seu parceiro de chapa na tentativa de se eleger ao Senado. “A situação de Lula é uma questão que está com a Justiça. E decisão da Justiça é para se cumprir”, acrescentou ontem, via assessoria de imprensa.
"Lá (na chapa do governador Paulo Câmara) vemos dois candidatos que até ontem um falava e tinha posicionamento diferente do outro, na eleição mudou tudo. Eu peço voto a Mendonça por coerência, lá é por oportunismo", completa Bruno.
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Mendonça
Também presente na inauguração do comitê, o também candidato ao Senado pela oposição Mendonça Filho (DEM) preferiu não comentar sobre o posicionamento de Jarbas, de quem foi seu vice-governador na gestão do emedebista. Em seu discurso, ele admitiu que se "penitencia" por ter colaborado para a condução do governador Paulo Câmara (PSB) ao governo estadual. "Me arrependi como grande maioria do povo pernambucano. Foi um erro em cima de uma comoção", disse Mendonça, referindo-se ao falecimento do ex-governador Eduardo Campos, em meio à campanha de 2014.