Fifa divulga ''Time dos Sonhos'' da Copa 2010

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 15/07/2010 às 16:15


Brasileiro Maicon foi um dos 11 escolhidos pelos internautas do mundo todo

ATUALIZADO ÀS 16h50

A seleção ideal da Copa do Mundo 2010, de acordo com a Fifa, tem seis espanhóis, dois alemães, um urugaio, um holandês e - sim - um brasileiro. A entidade divulgou nesta quinta-feira os onze jogadores escolhidos na votação que promoveu em seu site oficial, com internautas do mundo todo.

A seleção:

Goleiro: Casillas (Espanha).

Defensores: Lahm (Alemanha), Puyol (Espanha), Maicon (Brasil) e Sérgio Ramos (Espanha).

Meio-campistas: Schweinsteiger (Alemanha), Xavi (Espanha), Iniesta (Espanha) e Sneijder (Holanda).

Atacantes: David Villa (Espanha) e Diego Forlán (Uruguai)

É importante destacar que a lista não inclui diferenciação de posições em um setor específico. Por exemplo, não se separa zagueiros de laterais, tampouco meias de volantes. São defensores e meio-campistas, simplesmente. Isso permitiu que três laterais-direitos acabassem sendo escolhidos.

Já no meio de campo houve certo equilíbrio. Schweinsteiger jogou como volante na Copa e os armadores espanhóis, Xavi e Iniesta, são também combativos, o que permitiria a formação em um losango, com o holandês Sneijder no vértice avançado (que os hermanos chamam de enganche). Esse, inclusive, é o meu meio de campo ideal.

Por fim o ataque foi barbada: David Villa e Diego Forlán foram disparados os melhores do torneio.

Confira a descrição de cada jogador feita pela própria Fifa:

Iker Casillas: O erro do goleiro na partida de estreia contra a Suíça — que acabou com a derrota da Espanha — deu mais argumentos aos seus críticos. Porém, seis atuações impecáveis na sequência mudaram por completo essa impressão inicial. Casillas defendeu um pênalti e fez mais duas grandes defesas na vitória das quartas de final sobre o Paraguai. O seu reflexo rápido também foi fundamental para que os espanhóis superassem a Holanda na final, garantindo o quarto triunfo consecutivo por 1 a 0. Por isso, ele levou a Luva de Ouro adidas com 41% dos votos — 29 pontos a mais que o segundo colocado.

Philipp Lahm: O jogo impecável do lateral-direito e a sua influência como capitão substituto foram fundamentais para a inesperada campanha da Alemanha rumo ao terceiro lugar. O atleta de 26 anos pode até não intimidar os adversários com o seu 1,70m de altura, mas exibe grande habilidade para roubar a bola com categoria, sem precisar recorrer à força. Além disso, Lahm dá passes sempre com inteligência e, por tudo isso, recebeu 43,81% dos votos, tornando-o o único integrante do último Time dos Sonhos da Copa do Mundo da FIFA a ser reeleito neste ano.


Carles Puyol: O zagueiro de 32 anos talvez não estivesse na sua melhor fase durante a primeira etapa do Mundial, mas logo conseguiu recuperar a grande forma que exibiu nas campanhas vitoriosas do Barcelona e da Espanha nos últimos anos. Puyol marcou o gol da vitória na semifinal contra a Alemanha, superando a zaga e acertando uma cabeçada indefensável para o goleiro Manuel Neuer. Ao mesmo tempo, o seu incansável trabalho na defesa foi fundamental para que ninguém vazasse o gol espanhol em cinco dos sete jogos na campanha do título.


Maicon: Em dificuldades na sua estreia no Mundial, o Brasil precisava de algo especial para dobrar a Coreia do Norte. Foi exatamente o que o camisa dois da Seleção fez: marcou um gol com um chute de um ângulo impossível e ajudou os brasileiros a começarem a sua campanha com o pé direito. As rápidas subidas do lateral pela direita deram muita dor de cabeça aos adversários. Mas o bom trabalho de Maicon na marcação também lhe garantiu 31,45% dos votos.


Sergio Ramos: Defensor inflexível, mas também muito criativo no ataque, o número 15 da Espanha foi o vencedor do Índice Castrol. Ele conseguiu segurar craques como Cristiano Ronaldo e Lukas Podolski e criou um importante corredor pela direita na saída de bola da seleção de Vicente del Bosque. Por isso, recebeu 30,21% dos votos dos usuários.


Wesley Sneijder: Os 60,60% dos votos e a segunda posição no quadro geral desta eleição são um indicativo do que o meia-atacante holandês apresentou na África do Sul. O jogador de 26 anos buscou a bola constantemente e, quando a recebia, tentava sempre abrir espaços. Além disso, foi o artilheiro da sua seleção com cinco gols, incluindo ambos da vitória por 2 a 1 sobre o Brasil nas quartas. O atleta da Inter de Milão também deu um passe excepcional para deixar Arjen Robben na cara do gol na decisão. O seu companheiro de seleção pode até ter perdido a chance, mas Sneijder não deixou passar a oportunidade de brilhar na Copa do Mundo da FIFA.

Bastian Schweinsteiger: O atleta de 25 anos alcançou a sua maturidade futebolística na África do Sul. Ele correu 79,8 km em campo — distância só superada pelo espanhol Xavi —, fez cortes decisivos e confirmou a sua grande qualidade no passe. Além disso, oferecia orientação e ânimo à equipe desde a sua posição no setor defensivo, fazendo as vezes de capitão informal do conjunto alemão. Teve atuações excelentes nas vitórias sobre a Austrália, a Inglaterra e a Argentina e, assim, ficou com 39,96% dos votos.


Andrés Iniesta: O homem certo aparece na hora certa. Quando a decisão da Copa do Mundo da FIFA chegava ao final da prorrogação sem que o placar tivesse sido aberto, o craque espanhol dominou a bola com perfeição dentro da área e tocou para o fundo da rede, na saída do goleiro holandês Maarten Stekelenburg. Iniesta também se sobressaiu no caminho da Espanha rumo à final, mostrando a sua grande habilidade e dando passes inteligentes.

Xavi: Cérebro da Espanha, ele correu mais e deu mais passes (alguns deles, extraordinários) que qualquer outro jogador na África do Sul. Por isso, a peça-chave da seleção espanhola recebeu 36,96% dos votos.


David Villa: O atacante do Barcelona esteve sob pressão durante todo o torneio, mas mesmo assim brilhou. Foi um dos artilheiros da competição, com cinco gols — entre eles os decisivos contra Portugal, nas oitavas, e Paraguai, nas quartas. O fato de ter conseguido a mais alta porcentagem de votos (61,33%) já diz tudo sobre a sua atuação na África do Sul.


Diego Forlán: Ficar entre os quatro melhores colocados era uma tarefa hercúlea para o Uruguai. Mas, aos 31 anos, Forlán assumiu esse necessário papel de herói da sua seleção. Marcou cinco gols e a sua dedicação ao grupo (de quem foi fonte constante de motivação) lhe valeu a Bola de Ouro adidas e uma vaga garantida neste Time dos Sonhos.

Técnico: Vicente del Bosque: Algumas das suas decisões foram questionadas. Mas todas acabaram sendo justificadas pela conquista do troféu mais cobiçado do futebol mundial.

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