O Brasileiro desse ano vai ser animado. Não falo nem pelos jogos, mas pela criação do chamado "Fair Play Trabalhista", em outras palavras, o risco de a equipe perder pontos caso o time atrase os salários.
A denúncia é feita pelo próprio jogador. No caso da Série A, já é atraso com 15 dias depois do prazo. Na Segundona, com orçamentos mais modestos, o atraso passa a valer com 30 dias.
E vamos ser justos, nada mais justo, pois o que mais tem aí é time ganhando título, subindo de divisão ou escapando do rebaixamento no fiado.
Depois, para o jogador receber é um drama.
O problema é que também se abre o espaço para que títulos, acessos e descensos sejam decididos em outras instâncias, como já acontece nos tribunais esportivo da vida, e até na Justiça comum.
Agora, a virada de mesa pode ser provocada não pela escalação irregular de um jogador, mas pela atuação irregular do departamento financeiro.
E a torcida ficará apreensiva não só na hora do pênalti, mas também quando estiver chegando o dia do pagamento. Se brincar, vão até transmitir pelo rádio:
"Correu o funcionário do RH, pegou o malote, abriu o caixa e... pagouuuuuuuuuu!"
E a galera vibrando.