Bastou Lisca dançar a chula e o vanerão, ou simplesmente frescar após a vitória do Náutico contra o Criciúma, que a polêmica se fez onipresente.
Pode? Não pode? Certo? Errado? Desrespeito?
A polêmica é fruto de uma pequena confusão entre dois conceitos, o de postura e o de respeito.
Se dançar ou frescar é uma postura para um treinador profissional, pode até ser questionável.
Mesmo assim não há uma resposta definitiva, afinal não existe um código rígido que estabeleça o que é ou não "aceitável" na profissão de técnico.
Em outras palavras, eu posso achar aceitável a postura dele - como realmente acho - e você não, mas é apenas uma opinião baseada em conceitos próprios, seja liberal ou conservador.
Ponto.
Agora, achar que ao dançar Lisca desrespeitou Neto Baiano, o time do Criciúma ou alguém mais que se sentiu ofendido, é um pouco de mais.
Afinal, celebrar com a própria torcida é lícito, saudável, está inclusive no quesito daquelas coisas que fazem "o futebol ser o que é".
É de Deus.
Como também era e continua sendo lícita a frescagem do próprio Neto Baiano e eu não tenho dúvida alguma se ele tivesse marcado um gol na Arena, dançaria sem medo de ser feliz na bandeira de escanteio.
Faz parte.
É bom lembrar que Lisca não ficou assim ao conhecer Neto Baiano. Já veio no pacote de fábrica dele desde os tempos de Juventude, quando ganhou o epíteto de "Doido".
E mais: em tempos de futebol asséptico, insosso e ultra-politicamente correto, uma brincadeira até certo ponto infantil não faz mal a ninguém.
Deixa, então, o professor frescar em paz.