Davi Saboya
Publicado em 26/07/2016 às 8:12
O time de futebol geralmente é uma herança que os filhos recebem dos pais. Ainda bebê, as roupas e decorações começam a aparecer para direcionar a escolha. Afinal de contas, quem não sonha em ir com o seu herdeiro para o campo? Só que com o corretor de imóveis, André Carvalho (pai), 50 anos, e o estudante Rodrigo Paes Barreto (filho), 14 anos, a situação não seguiu o caminho tradicional.
Nos primeiros anos, o pai alvirrubro André até conseguiu fazer com que o filho Rodrigo torcesse para o Náutico. Mas depois de um tempo, ele acabou deixando de acompanhar frequentemente o Timbu e o pupilo acabou se juntando aos demais membros da família, que torcem para o Sport e assistem de perto os jogos do Leão.
"Sempre deixei o Rodrigo livre para escolher. Ele começou torcendo pelo Náutico, mas com o convívio diário com os tios e avós acabou que virando Sport", afirmou o corretor. "Eu frequentava os jogos com o meu filho quando no início. Só que não faço questão. Depois da influência da família deixei para lá. Até ameacei cortar a mesada (risos)", completou.
Rodrigo admitiu que a mudança de time aconteceu por causa da influência da família. Além disso, ele frisou que a paixão pelo Sport também falou mais alto. "Virei Sport mesmo por conta do meu irmão e tios que me levavam muito para os jogos na Ilha do Retiro. Confesso que com o tempo fui vendo que era melhor torcer para o Leão do que o Náutico", brincou o estudante.
Apesar de um verdadeiro Clássico dos Clássicos dentro de casa, o convívio entre pai e filho é sadio. Cada um assiste ao jogo dos seus times em um espaço, às vezes ocorre aquela secada tradicional, e quando ambos se enfrentam André e Rodrigo acompanham a partida juntos. "A convivência é muito boa. Eu vejo jogo do Náutico, tem vez que ele (pai) assiste às partidas do Sport. Quando ocorre o duelo dos dois assistimos no mesmo local", confirmou o filho.