Tiago Morais
Publicado em 27/06/2018 às 16:45
Nítidamente escateado após o voto que contrariou o acorda da Conmebol fechando questão com a candidatura de uma Copa nas Américas com EUA, Canadá e México em 2026, o presidente de CBF, Coronel Nunes, sofreu mais uma retaliação.
Presente no estádio para acompanhar a partida do Brasil contra a Sérvia, em Spartak, Nunes foi colocado longe do mandatário da FIFA, o suíço Gianni Infantinno, contrariando o que estabelece o protocolo da própria entidade do futebol mundial, que determina um chefe da entidade ou personalidade política superior sente ao lado do presidente da FIFA em jogos do mundial, onde sua seleção estiver envolvida.
No lugar do Coronel Nunes, o representante brasileiro colocado foi o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, que além de dirigente brasileiro é membro do Conselho da Fifa. Nunes ainda teve de ceder mais um lugar para Alejandro Domingues, presidente da Conmebol. Só depois é que o coronel pode encontrar um lugar.
Pressionado para deixar o cargo de mantadário máximo do futebol brasileiro, Nunes tem assento garantido na Conmebol até que seu mandato encerre. Persona non grata na FIFA, irritou a tal ponto que Infantino chegou a sugerir seu afastamento. Na Confederação Sul-americana, também foi debatido entre os dirigentes uma formula para que ele deixasse de participar das reuniões, mas ele só sai se quiser. O grande ponto do sucessor de Marco Polo Del Nero na entidade, é que além da influência política, o cargo remunera a Coronel Nunes um salário de aproximadamente US$ 20 mil, cerca de 75 mil reais.