Escolhida pelos clubes do interior, a fórmula do Campeonato Pernambucano (classificando oito das dez equipes) vai permitir algo que dirigentes sempre prometeram, mas poucos tiveram a coragem de executar: utilizar a competição como laboratório. Apesar de dar margem para que outros torneios sejam priorizados neste início de temporada.
O lado bom é justamente o aproveitamento da base. Até porque se não for testada agora, no Estadual, dificilmente terá chance no Nacional. Para não voltar a ocorrer a tradicional perda de atletas mal observados, mesmo depois de passar anos no mesmo clube. Sport, Náutico e Santa Cruz têm diversos garotos esperando pela oportunidade.
A parte ruim é a queda técnica dos jogos e da própria competição. Potencializando a subvalorização de um torneio que já vem sendo bombardeado pelas entidades que regem o futebol. Emissoras de TV incluídas. Até pela concorrência de campeonatos mais rentáveis, como a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. Fazendo com que jogadores mais experientes sejam poupados antes mesmo de a bola rolar no Pernambucano.