Goleiro Bruno não segura a emoção na despedida do Náutico

Luana Ponsoni
Publicado em 25/06/2019 às 12:46
Foto: Léo Lemos/Náutico


Com misto de emoção, felicidade e saudade, o goleiro Bruno classificou a ida para o Gil Vicente, time da primeira divisão do futebol português, como a realização de um sonho. Não apenas seu, mas de todos os familiares que o viram crescer profissionalmente a partir das divisões de base do Náutico. Apesar da promessa feita de não chorar durante a coletiva de imprensa concedida ontem, o arqueiro viu o amor pelo alvirrubro o trair em diversos momentos. Em muitas de suas declarações, não faltaram voz embargada, suspiros e lágrimas.

O jogador de 25 anos está indo por empréstimo para a equipe portuguesa até junho de 2020. Bruno viaja ainda este mês para Portugal e já estreia em julho, quando a janela de transferência do futebol europeu se abre.

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O arqueiro ficou sabendo do acerto entre o alvirrubro e o Gil Vicente logo após o empate do Timbu com o Globo, por 2x2, em 1 de junho, pela 6ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. “No vestiário, eu tirei a camisa, fiquei olhando a camisa e pensando: caramba, será que esse é o meu último jogo? E eu nem sabia de nada, só fiquei pensando no vestiário (pausa e choro). É difícil para mim, não é fácil (pausa). Apesar do resultado negativo que a gente teve contra o Globo, eu fiquei feliz, porque é um sonho para mim, da minha família, depois de algumas críticas. Mas eu quero lembrar das coisas boas que eu fiz. Das boas partidas, das grandes defesas, não é fácil, é uma pressão muito grande em cima da gente, ainda mais por sermos da base, né? Essa negociação me deixou muito feliz e eu só tenho que a agradecer a Deus tudo que ele fez por mim e continua fazendo”, declarou.

Destaque do Náutico na temporada 2018, Bruno tem entre os grandes feitos com a camisa do clube a conquista do título pernambucano, após 13 anos de jejum. Apesar das boas partidas que vinha fazendo este ano, acabou se machucando e viu Jefferson, que retornou ao clube após empréstimo, assumir a meta alvirrubra. O goleiro se disse surpreso com o tamanho da oportunidade profissional que vai ter na Europa.

“Sinceramente eu não esperava. Muitos elogiavam muito, como o Diógenes (Braga, vice-presidente do Náutico). Não esperava que seria um time de Primeira Divisão, com tradição. Fico feliz, que é o reconhecimento de um trabalho feito desde 2011, quando eu comecei no futebol com 15 anos. Já passei muitas dificuldades, de ficar longe de casa, em treinos, no dia a dia, então é uma recompensa”, analisou.

ADEUS DIFÍCIL

A despedida do Náutico, time que defendeu por seis anos, no entanto, não está sendo fácil. “Eu amo esse clube, vivi muitas coisas boas aqui, coisas ruins também. É difícil falar isso (choro), mas uma parte sai triste, não queria sair sem o acesso. Isso que eu estou sentindo é um sentimento de saudade. Eu acho que eu saio pela porta da frente, né? Espero um dia poder voltar”, concluiu.

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