Dentro do prazo determinado pela Lei Pelé, o Sport divulgou nesta quinta-feira o balanço financeira do ano passado. O primeiro da gestão Milton Bivar. Nele, foi possível observar uma drástica redução na receita do clube quando comparado com 2018 e a menor desde 2011. Levando em consideração o valor bruto, sem os descontos, caiu de R$ 105.098.76 para R$ 39.208.327 de acordo com o divulgado pelo clube. Além disso, o déficit anual subiu de R$ 14.382.986 para R$ 22.644.360 enquanto o passivo total teve a pequena redução de R$ 193.439.749 para a quantia de R$ 189.540.801, que mesmo assim continua um valor muito alto.
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Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio e Blog do Torcedor, o vice-presidente Carlos Frederico frisou que os números apresentados no balanço não surpreenderam a direção do Sport. A cúpula rubro-negra esperava o aumento do déficit e da dívida à curto prazo devido ao grande número de débitos deixados pela antiga direção.
"Houve um crescimento na dívida curto prazo, o que era esperado. Dívidas e tributos de 2018 ficaram em aberto. Dessa maneira, caiu tudo no ano passado. Era claro que isso iria acontecer. Até porque também existiu uma grande no faturamento. Não tem muita novidade. A dívida tributária teve um grande crescimento", afirmou o vice-presidente rubro-negro Carlos Frederico.
>> CONFIRA O BALANÇO FINANCEIRO DO SPORT DE 2019
Vale destacar que o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2018 prejudicou o faturamento do Sport na temporada seguinte. Isso porque nos três anos anteriores ultrapassou a marca de R$ 100 milhões nas receitas anuais. E, na Segunda Divisão, os valores recebidos pelo Leão foram bem menores, principalmente em relação ao pagamento dos direitos de transmissão, já que o clube "estreou" as quedas sem as cifras milionárias que pouco antes ainda eram herdadas no primeiro ano de descenso.
Assim, com dívidas de Série A e alto custo do time para conseguir voltar rapidamente ao Brasileiro, era esperado, e aconteceu, que o déficit foi maior. Por sinal, bem maior que os três anos anteriores: R$ 566.411 (2016), R$ 18.313.641 (2017) e R$ 14.382.986 (2018). Em todas essas temporadas o Leão estava na elite do futebol brasileiro.
Em relação ao passivo total, a pequena diminuição se deve por causa da redução na dívida à longo prazo (não circulante) de R$ 55.342.389 (2018) para R$ 38.838.180 (2019). Já à dívida à curto prazo (circulante) subiu de R$ 138.097.360 (2018) para R$ 150.702.621 (2019).