A Fifa anunciou na segunda-feira (25) o banimento provisório de qualquer atividade ligada ao futebol do presidente da Federação Haitiana de Futebol (FHF) Yves Jean-Bart, 73 anos, por um período de 90 dias. O dirigente é acusado de violência sexual contra jogadoras adolescentes no centro de treinamento da entidade, perto de Porto Príncipe, capital haitiana, nos últimos cinco anos.
Em nota, a Fifa destacou os artigos 84 e 85 do Código de Ética da entidade, que dispõe sobre o afastamento de Jean-Bart de atividades ligadas ao esporte tanto nacional quanto internacionalmente. A decisão foi da câmara de investigação do Comitê de Ética Independente. "Esta sanção foi imposta no âmbito das investigações em andamento contra Jean-Bart. O senhor Jean-Bart foi notificado sobre a decisão hoje (ontem). A sanção provisória é aplicada imediatamente", completa o comunicado.
LEIA MAIS:
>Manchester United espera contar com Pogba em caso de volta do futebol
>Corinthians se posiciona oficialmente contra o retorno do futebol
>Bayern de Munique vence Borussia Dortmund e dispara rumo ao título da Bundesliga
As acusações de estupro chegaram através de um relatório do jornal britânico The Guardian no final do mês de abril, com declarações das possíveis vítimas e familiares. Entre as adolescentes agredidas pelo dirigente haitiano, duas menores foram forçadas a se submeterem a abortos para acobertar os abusos sexuais.
De acordo com a agência internacional de notícias AFP, a polícia do Haiti abriu as investigações e a justiça chamou funcionários da FHF para interrogatório. Yves Jean-Bart foi reeleito em fevereiro para o sexto mandato à frente da federação que comanda há 20 anos.