Desde que retornou ao Náutico, em 2019, Jorge Henrique vinha passando por vários problemas físico. As lesões atrapalharam uma maior sequência de jogos dele, que precisava ser poupado, ou muitas vezes se machucava, jogava algumas poucas partidas, e ia parar no departamento médico de novo. Porém, desde a volta do futebol após a paralisação, o meia-atacante já acumula uma sequência de 12 jogos, sendo 10 deles como titular e dois saindo do banco de reservas. A última vez em que ele atuou em tantos duelos consecutivamente foi em 2016, pelo Vasco, onde participou de 17 confrontos seguidos. Para ele, o fato de ter conquistado um número tão bom assim, se deve ao trabalho que fez durante a pausa e a dedicação para se cuidar e manter o condicionamento.
“Acho que a parada (foi determinante). Procurei me dedicar bastante, trabalhar bastante, me fortaleci muito trabalhando em casa. E a sequência dos jogos me deu um condicionamento melhor dentro de campo. Fora de campo estou procurando me cuidar. Acho que a sequência dos jogos e a preparação que tive nesta parada estão sendo fundamentais para mim”, comentou o experiente meia.
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Vale ressaltar também que, nesta temporada, Jorge Henrique não chegou a jogar os 90 minutos de uma partida pelo Náutico. Até então, o máximo foram 84 minutos no empate em 0x0 contra o Vitória, pela quarta rodada da Série B. Obviamente, os 38 anos pesam no condicionamento físico, principalmente para um atleta que joga em alta intensidade durante todo o tempo que está em campo.
Assim, dosando a minutagem em cada confronto, Jorge Henrique consegue ajudar o Náutico por mais tempo, respeitando os limites do seu corpo. Sendo uma das lideranças do elenco e referência técnica, o meia destacou a boa relação do técnico Gilson Kleina com o grupo. O próprio jogador tem um bom diálogo com o treinador, que o deixa à vontade para dizer quando não dá mais para continuar. Como o próprio Jorge falou, “na hora que acabar o gás, não precisa ser herói”.
“Tem alguns momentos dentro da partida, principalmente no segundo tempo pela intensidade que são os jogos, o volume e o trabalho que ele gosta que faça dentro de campo, acabam fazendo com que eu me desgaste um pouquinho, até porque não sou nenhum garoto. Então tenho que saber a hora de dosar, pedir para sair, até porque tenho uma sequência pela frente de jogos e pretendo ficar até o final e não bater no DM. Na hora que acabar o gás, não precisa ser herói. O professor dá liberdade e sempre estou pedindo para ele a hora de sair ou não”, concluiu.
2020 - Náutico: 12 jogos;
2019 - Náutico: oito jogos
2018 - Figueirense: 10 jogos (2x);
2017 - Figueirense: 10 jogos;
2016 - Vasco: 17 jogos.