Conselheiro pede assembleia geral de sócio para votação de impeachment de Joaquim Bezerra
Advogado Rui Monteiro entrega requerimento no Conselho Deliberativo, alegando gestão temerária do mandatário coral
Antes mesmo de entrar em campo para enfrentar o Tombense, no último domingo, o Santa Cruz viveu o luto de ser rebaixado à Série D do Campeonato Brasileiro. E o elenco ainda tem um compromisso a cumprir. Enfrenta o Botafogo-PB, sábado, no Arruda. Uma despedida melancólica da Série C que já está causando abalos nos bastidores do clube. Na noite desta segunda-feira (21), o conselheiro Rui Monteiro entregou um requerimento ao Conselho Deliberativo do clube para convocar uma assembleia geral para votar impeachment do presidente do executivo, Joaquim Bezerra.
O documento assinado por Rui Monteiro foi entregue na noite de ontem e ainda será avaliado pelo presidente em exercício do Conselho Deliberativo, Marino Abreu. Rui conta que faz parte de um grupo de 60 conselheiros que estão insatisfeitos com a gestão e que também querem a saída de Joaquim Bezerra. "Solicitei ao presidente em exercício uma reunião extraordinária presencial no conselho, com todo protocolo de segurança, para que a gente vote na realização da assembleia geral, que dará ao sócio o direito de querer a permanência do presidente ou não", disse.
Rui diz que há um número grande de insatisfeitos com a gestão de Joaquim Bezerra. Por isso, caso o conselho deliberativo protele a sua solicitação, ele pode fazer um recolhimento de assinaturas para confirmar a necessidade da assembleia. "O Santa Cruz fez uma das suas piores temporadas de sua história. Contratou mais de 40 jogadores, dispensou um monte. Perdemos todas as competições que disputou. Se isso não for uma gestão temerária, não sei mais o que é", critica Monteiro. "A gente torceu para o Santa Cruz não cair. Não tomamos medidas antes para não criar um clima ruim. Mas, agora, precisamos agir", completa.
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O presidente em exercício do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Marino Abreu, declarou que ainda vai avaliar melhor o requerimento apresentado por Rui Monteiro, mas, em entrevista ao Blog do Torcedor, adiantou que novo estatuto do clube não prevê pedido de impedimento do presidente do clube em casos relacionados ao futebol, como má administração do elenco, campanha ruim no campeonato. "O impeachment pede coisas mais objetivas, como casos de corrupção, má gestão do dinheiro no sentido de gastos maiores do que o orçamento", adiantou.
Ciente do cenário político do Santa Cruz, que viveu no final da temporada passada uma crise política que se arrastou (e se arrasta) por um longo tempo, Marino Abreu assume o papel de apaziguador no clube coral. "A gente não precisa ser agente do caos. Precisamos ter paz e pensar o santa cruz. Só querer apontar quem está errado, não é o melhor caminho. A gente tem que conversar com todo mundo e construir proposições para o clube ter um futuro melhor. Não podemos agir no calor da emoção. Isso pode ser muito danoso", afirmou.