Temporada desastrosa do Santa Cruz aumenta a responsabilidade do novo departamento de futebol: "a pressão é grande"
O Santa Cruz está na bronca com a torcida Tricolor desde a eliminação da Copa do Nordeste para o Floresta
A cobrança do torcedor com o Santa Cruz se tornou ainda maior após o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro. Indo ao encontro da divisão mais baixa dos torneios nacionais pela segunda vez, o novo departamento de futebol da Cobra Coral terá uma missão tão difícil quanto o de conquistar o acesso: tirar o peso da pressão que o torcedor Tricolor irá impôr ao clube. Novo executivo de futebol, Marcelo Segurado está ciente do que irá passar na função que, para ele, será algo rotineira.
"Pressão? Futebol, 'né'? Não quer pressão, não vai mexer com futebol. É o Santa Cruz, a pressão é grande. Não tem como ficar na zona de conforto. A pressão é o tempo todo. Quando você ganha o jogo, alivia naquele momento, mas se prepara para o próximo", ressaltou Segurado, em entrevista à Rádio Jornal.
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O calendário escasso do Santa Cruz para 2022 será um problema, acima de tudo, financeiro. Não só com a falta de um número maior de jogos no Arruda para arrecadar renda mas, também, sem as receitas que poderia ter com as Copas do Brasil e do Nordeste. Para isso, o Campeonato Pernambucano passa a ser fundamental para a Cobra Coral se reestabelecer financeiramente em 2023.
"Eu quero que o Santa Cruz entenda que eu não estou indo para subir. Estou indo para ser campeão da D. Só que eu tenho a ideia de que nós vamos ter que fazer um Campeonato Pernambucano de muita potência, porque as dificuldades financeiras vão ser maiores no Pernambucano. E se a gente tem a Copa do Brasil, uma Copa do Nordeste e entra receita, você começa o ano com o dobro ou triplo de receita, com condições de buscar jogadores e fazer um trabalho mais qualificado", contou o executivo de futebol do Tricolor.
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Marcelo Segurado também procurou ver um ponto positivo no "pobre" calendário do Santa Cruz. Com um maior intervalo entre as partidas, não haverá sobrecarga nos principais atletas do elenco, coisa que ele sofreu quando trabalhou em outros clubes.
"O ponto que eu posso colocar como positivo nesse aspecto, se tem um ponto positivo em jogar apenas duas competições, é que você tem um tempo mais espaçado para recuperar jogador. Você não pode achar que isso é maravilhoso. Não é. Mas é positivo. Quando eu estava no Ceará, a gente tinha jogo da Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Brasileiro, Campeonato Cearense e era uma loucura. Aí você reclama que tem muito jogo, agora reclama porque tem pouco. Então o negócio é trabalhar, não adianta", concluiu o executivo.