SÉRIE A

Diante dos últimos resultados do Brasileirão, ainda dá para acreditar que o Sport é Jason?

Derrota para o Fluminense e o resultado dos adversários, deixou o Leão em situação complicada na luta contra o rebaixamento

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 08/11/2021 às 12:56 | Atualizado em 08/11/2021 às 17:04
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O torcedor do Sport encarnou o personagem Jason como mantra para se livrar o rebaixamento à Série B. É assim desde 2011. Teve situação que surtiu efeito. Em outra, não. E agora, em 2021, o Leão será mesmo o personagem do filme Sexta-feira 13 e ressurgir das cinzas? Você, torcedor rubro-negro, acredita mesmo o time terá forças para se manter na elite do futebol brasileiro?

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Ficar na Série A virou milagre. Portanto, quem acredita em milagre, acredita na permanência.  A bronca está na diferença de pontos entre o Sport e os demais clubes que lutam contra a degola. O Sport é o time que abre a zona da  degola, com 30 pontos em 31 jogos. São cinco pontos a menos que o Santos, time que está uma posição acima. Porém tem um jogo a menos. O Bahia tem 36 e 30 jogos. O Juventude tem 30 pontos e 29 jogos. A vida do Sport nas próximas partidas virou vencer ou morrer, além de secar os adversários.  A obrigação de vencer pesa, ainda mais quando se trata de uma equipe com limitações técnicas. 

Fardo pesado para Leão. Sem dúvida. Mas dá para cravar que o Leão está rebaixado? Ainda não. Por um simples motivo: tecnicamente, as equipes da parte de baixo da tabela são muito niveladas. Vivem numa gangorra incrível, que qualquer resultado que possa ajudar o Sport não pode ser considerado uma surpresa. Mas vamos nos basear na sequência de jogos que Leão terá pela frente e ver o que pode acontecer. 

O primeiro compromisso pela frente é o América-MG, que apresentou evolução no meio da competição, dificilmente será rebaixado, já que chegou aos 38 pontos. O Coelho é um adversário que o Sport tem condições de vencer. Depois, o Leão encara o Ceará fora de casa. Mais difícil por ser na casa do adversário. Mas não será nada do outro mundo se o time rubro-negro consiga os três pontos.

Depois, tem o Bahia pela frente, na Arena de Pernambuco. Vejo Sport no mesmo nível técnico do Tricolor de Aço e, por isso, avaliando friamente, agora, o Leão vence. Mas muitos fatores podem mudar o panorama, como por exemplo, os resultados que os dois times vão conseguir até o dia do confronto. Em seguida, o Flamengo. Falando friamente, é derrota. Mas, olhando pela fresta positiva, vai que o Leão arranca o empate.

Na rodada seguinte, pega o São Paulo, no Morumbi, onde o Leão, em toda história de confrontos, só empatou uma vez. Nos demais jogos , só derrota. Depois, tem  a Chapecoense, fora de casa, que dá para o Sport vencer. E por fim, em casa, o Athletico-PR, que já pode encarar o Leão com os seus objetivos alcançados. Fazendo um somatório desses palpites superficiais e otimistas, o Sport chegaria aos 46 pontos. E aí, acreditam? Dá para chegar? Para mim, seria milagre dos milagres. 

O Sport evoluiu tecnicamente nos últimos jogos. Mais precisamente desde quando o Leão venceu o Grêmio-RS, fora de casa, que vejo com um padrão de jogo, mais confiante e bem postada em campo. E mais: emocionalmente equilibrada. Mesmo em situação difícil, o Sport não se mostra desesperado em campo. 

Contra o Fluminense, a postura em campo foi a correta: fechado na defesa, buscando o contra-ataque. Mas faltou velocidade para a proposta funcionar. Gustavo fez muita falta. A ausência de Mikael também foi muito sentida. Trellez foi o titular e não esteve bem. O Leão precisava segurar a bola lá na frente e não aconteceu. Na hora de fazer mudanças durante a partida, o técnico Gustavo Florentín não tinha as peças para melhorar a equipe, mudar o panorama do duelo. Algo que o Fluminense conseguiu. O time de Marcão já estava melhor em campo no primeiro tempo e melhorou no segundo após mudanças de algumas peças. 

Em resumo, atualmente, o Sport tem um time, que está sabendo o que quer em campo, tem boa postura e se mostra confiante. Mas não tem elenco. Quando Florentín mexe na equipe, seja por desfalque ou por alterações durante as partidas, há uma queda imensa. Mas não é só o fato de ter um elenco enxuto que faz o Sport agonizar no Brasileirão. A política do clube atrapalhou bastante. As mudanças de mandatários, a eleição no momento errado tirou o foco de quem comando o clube e não houve avaliação do que estava sendo feito em campo. O Sport paga esse preço. 

Se escapar da queda à Série B, o Jason vive. Mas que não se esqueça dos erros cometidos nessa temporada e não se repita no futuro. 

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