ARRUDA

O que se quer para o Santa Cruz na temporada 2022?

Joaquim Bezerra volta ao Santa Cruz ao lado do ex-desafeto Antônio Luiz Neto. É a solução para o clube?

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 23/11/2021 às 12:00
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Assumir o cargo de presidente de um clube e prometer profissionalismo e modernidade é fácil. O que é mais complicado e o que já beira ao impossível (diante do cenário em que vivemos) é quando se trata do futebol pernambucano. Principalmente no Santa Cruz que, não se enganem, vive uma crise política tremenda. Financeira, então, nem se fala. Eu não conheço um tricolor que se empolgou com aquela reunião de Joaquim Bezerra, que reassumiu o cargo de presidente, e do ex-mandatário, Antônio Luiz Neto. Sentar numa mesma mesa não é sinônimo de sucesso. Afinal, é preciso saber o que ambos pensam e querem para o clube. A união soa como bravata e o torcedor coral fica confuso depois de ver tanta confusão no mais recente processo eleitoral.

A queda do Santa Cruz à Série D foi fruto da trapalhada eleitoral. Não é uma opinião. É fato. O processo foi repleto de ataques, puxa daqui, puxa de lá, adiamentos da eleição e nada de proposta de trabalho. Quem fica de fora, torce contra. Jogar poeira na engrenagem. A diretoria se isolou. Aos poucos, foram deixando o barco. E quem perdeu a eleição, assiste o circo pegando fogo. Agora, como se nada tivesse acontecido, todos se juntam, prometendo um trabalho de união. Propagando o clichê: "unidos somos fortes". Mas que união.

Joaquim Bezerra foi vice-presidente de Antônio Luiz Neto. A dupla começou afinada, mas com o passar do tempo, o desgaste foi à tona. Bezerra deixou a gestão soltando farpas no então mandatário. Em 2012, os dois estiveram frente a frente. Antônio Luiz Neto venceu de goleada o processo eleitoral. Joaquim saiu do Arruda em silêncio. Na última eleição, sim, essa de 2020, mas que foi realizada em 2021, Joaquim Bezerra, que inicialmente era vice, foi eleito presidente, prometendo uma gestão de rompimento com o passado. Deu errado. E o passado está de volta.

E agora, quais as novas ideias? Como gerir o Santa Cruz sem dinheiro? Sem competições? Como recuperar o Arruda? Como trazer parceiros comerciais que possam agregar verbas para o clube. Como fazer o torcedor frequentar mais o clube que não seja os resultados do futebol? Como fortalecer a marca Santa Cruz no mercado? Perguntas básicas que precisam ser trabalhadas, planejadas, executadas com uma visão de hoje e não resgatando uma história passada que não existe mais. É daqui para frente, estando em sintonia como o futebol, com gestão de clube que se faz hoje. Pergunta-se: ao colocar Joaquim Bezerra e Antônio Luiz Neto na mesma mesa, discutiu-se a próxima gestão ou para esquecer as arestas pessoais pelo menos nesse momento?

O tempo vai dizer.

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