Com informações de Marchio Gorbiano, da AFP
A tragédia de sábado (01), em Malang, na Indonésia, deixou 125 vítimas fatais e 323 feridos. Entre as mortes da catástrofes, 32 eram crianças, sendo a mais jovem um menino de três ou quatro anos.
A informação foi dada à AFP Nahar, pelo ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância. O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas.
"Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rupias (3.200 dólares) para cada vítima falecida", disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega em um ou dois dias.
O que ocasionou a tragédia no estádio de futebol na Indonésia?
O tumulto tomou proporções trágicas quando as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo em um estádio lotado, após torcedores do Arema FC invadiram o gramado do estádio Karnjurhan.
Na ocasião, seria um protesto pela derrota do time perdeu por 3 a 2 para o Persebaya Surabaya, sendo a primeira derrota para o rival em mais de duas décadas.
Diante da correria, muitas pessoas uma corrida desesperada dos torcedores para os pequenos portões, onde foram esmagados ou asfixiados, segundo testemunhas.
As forças de segurança chamaram o incidente de "motim", no qual dois agentes morreram, mas os torcedores acusaram a polícia de exagerar na resposta e provocar a morte de muitas pessoas.
O técnico do Arema FC, o chileno Javier Roca, disse que "alguns torcedores morreram nos braços dos jogadores". "Acho que a polícia ultrapassou os limites", declarou à rádio espanhola Cadena Ser.
Chefe da Polícia destituído por causa tragédia estádio de futebol na Indonésia
Nesta segunda-feira (03) foram aplicadas as primeiras sanções: o chefe da Polícia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destituído e nove agentes foram suspensos.
Ele indicou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança do estádio e apontou que 28 policiais foram interrogados, especialmente sobre o uso de gás lacrimogêneo no estádio.
Uma petição online com o título "a polícia deve parar de usar gás lacrimogêneo" foi criada. O presidente do Arema FC, Gilang Widya Pramana, pediu desculpas e se responsabilizou pelo incidente.
"Como presidente do Arema FC, assumirei toda a responsabilidade do ocorrido. Peço desculpas profundas às vítimas, seus familiares, todos os indonésios e à Liga 1", disse.
Grupos de defesa dos direitos humanos exigiram uma comissão independente e que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado.