Dentre as consideradas grandes seleções do mundo, há pouco espaço para aquelas que não são campeãs mundiais. Uma que consegue, historicamente, quebrar essa barreira, é a Holanda, os Países Baixos.
Diferentemente de seleções como Suécia, Hungria e República Tcheca, que já foram vice-campeãs mundiais, a Laranja Mecânica conseguiu se manter viva no tempo, mesmo diante das limitações de ser um país pequeno e do baixo poderio financeira da sua liga diante das principais do velho continente.
Muito disso se deve à escola holandesa. A Holanda marcou a história não apenas por ser vice-campeã, não apenas por ter grandes atuações, mas por ter uma maneira própria de jogar, que, literalmente, mudou o jogo em 1974, com o "Futebol Total" de Cruyff e Rinus Michels.
O título não veio, mas em 11 participações, a Holanda chegou em três finais e duas semifinais. Ou seja, em quase metade de suas participações, esteve entre as quatro melhores. Em 2022, esteve muito perto de repetir o feito, mas caiu, novamente, para a Argentina, nos pênaltis, como em 2014.
HOLANDA EM 2026: O SONHO DA COPA DO MUNDO
Com Louis van Gaal, o objetivo era ser campeã mundial. Com seu retorno à aposentadoria, e volta de Ronald Koeman, ele segue sendo.
Mas, esse é um processo que passa por batalhas, obstáculos e, claro, 2023, 2024 e 2025, até chegar 2026.
Diferente do Catar, onde chegou após não jogar a Euro 2016 e Copa 2018, a Holanda agora parte para um ciclo com uma geração que pode se permitir sonhar antes de tentar superar traumas.
Se havia uma lacuna na passagem de bastões entre a geração de Robben, Sneijder e van Persie, hoje, há jogadores que podem eles mesmos carregar o bastão e dividi-lo com quem ainda possa chegar.
Frenkie De Jong, Timber, Aké, De Ligt, Dumfries, Koopmeiners, Gakpo, Xavi Simons e tantos outros poderão ser construir como jogadores, ainda dividindo a carga com os experientes jogadores, como Memphis Depay, van Dijk e Blind.
Gravenberch e Botman, que sequer foram convocados, são outros que podem ser peças importantes no ciclo, além do surgimento de outros jogadores, algo que os ciclos entre uma Copa e outra são capazes de produzir.
Em 2023, começam as Eliminatórias da Euro 2024 e a Holanda joga o Final Four da Nations League, em casa. Vencer esta segunda pode dar ao time o gosto de ganhar, tirar o peso para jogar como se acostumou e buscar coisas maiores em 2024 e 2026.