Que Carlo Ancelotti é o grande alvo da CBF para assumir a Seleção Brasileira não é novidade para ninguém e até o próprio presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues admitiu isso em entrevista ao Uol Esportes no começo do mês.
Mas, há um grave problema na "equação": Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024.
O treinador já afirmou, em mais de uma oportunidade, que só deixaria o clube antes do fim do contrato caso fosse demitido, o que não deve acontecer.
Os jornais espanhóis As e Marca informaram que o treinador já traça o planejamento do elenco junto ao presidente Florentino Pérez para a próxima temporada, reiterando o que foi dito pelo próprio Ancelotti em coletiva após eliminação para o City na Champions.
A SOLUÇÃO PARA ANCELOTTI ASSUMIR A SELEÇÃO BRASILEIRA É ÓBVIA; MAS INUSITADA
Existe, no entanto, uma possibilidade, praticamente não explorada pelos veículos ao redor do mundo, para que Ancelotti assuma a Seleção Brasileira sem deixar o Real Madrid.
E qual seria ela? Exatamente, acumular os dois cargos.
Incomum, isso já aconteceu por algumas vezes no passado e com treinadores de grande expressão no futebol mundial, como Sir Alex Ferguson, que antes de ir para o Manchester United, chegou a comandar o Aberdeen e a Escócia entre 1985 e 1986.
Outro exemplo, mais recente, foi o holandês Guus Hiddink, que chegou a comandar a Austrália e o PSV ao mesmo tempo, em 2005 e outra, em 2009, quando assumiu o Chelsea ainda no comando da Rússia.
A possibilidade de isso acontecer é bastante remota, tanto que praticamente não é considerada. Mas, a julgar pela espera da CBF, possa ser vista como uma solução.
Com o novo formato da Copa do Mundo, 6 seleções garantem vaga via Eliminatórias Sul-americanas, que conta com 10 seleções, e a 7ª ainda disputa a Repescagem.
Nesse cenário, o risco do Brasil ter um treinador que divida é menor. Além disso, até junho de 2024, quando se encerra o contrato de Ancelotti, a Seleção só terá disputado 6 rodadas, de um total de 18, das Eliminatórias.
Resta saber se o Real Madrid toparia essa "loucura". Lembrando que os clubes europeus já não gostam de ceder seus jogadores às seleções, quem dirá seus treinadores.