A terceira fase da Operação Penalidade Máxima - que visa investigar resultados manipulados no futebol - foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Entre as partidas investigadas, estão duas realizadas pelo Náutico na Série B de 2022.
A operação busca cumprir 10 mandados de busca e apreensão em oito municípios de cinco estados diferentes. O MPGO visa apurar a práticas ilícitas na modalidade. A conduta pode configurar organização criminosa com a intenção de fraudar resultados em jogos de futebol.
Por enquanto, já estão sendo cumpridos mandados nos municípios de Goiânia (GO), Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).
O MPGO conta com a colaboração da Polícia Militar de Goiás e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro. Confira na matéria as partidas investigadas.
Operação Penalidade Máxima: Jogos investigados
Confira abaixo os duelos investigados por possíveis fraudes nos resultados:
- Flamengo 1 x 2 Avaí, pela Série A de 2022;
- Náutico 1 x 3 Sampaio Corrêa, pela Série B de 2022;
- Criciúma 2 x 1 Náutico, pela Série B de 2022;
- Goiânia 2 x 1 Aparecidense, pelo Goianão de 2023;
- Goiás 2 x 0 Goiânia, pelo Goianão de 2023;
- Nacional 2 x 1 Auto Esporte, pelo Paraibano de 2023;
- Sousa 4 x 0 Auto Esporte, pelo Paraibano de 2023.
Além dos jogos do Náutico, um duelo envolvendo o Flamengo e Avaí - também de 2022 - está entre as partidas investigadas. Os demais duelos são referentes a competições estaduais do primeiro semestre de 2023.
O MPGO "investiga condutas em que grupo criminoso visava aliciar jogadores profissionais com oferta de valores financeiros elevados para realização de eventos como punição com cartão amarelo, vermelho, cometimento de pênalti ou placar parcial na partida, o que viabilizava aos seus integrantes obter lucros em sites de apostas esportivas", comunicou o órgão.
Posicionamento do Náutico
Por meio de nota, o Náutico se pronunciou sobre o caso. Confira:
O Clube Náutico Capibaribe tomou ciência, através da imprensa, nesta terça-feira (28), da terceira fase da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, onde dois jogos envolvendo o Náutico foram citados. Ambos são referentes à Série B de 2022.
Esta diretoria executiva, que possui mandato até dezembro do corrente ano, sempre presou pelo respeito, ética, integridade e lisura, seja dentro ou fora de campo. Estas premissas guiaram, desde sempre, todas as atitudes tomadas desde janeiro de 2022, data que marcou o início desta gestão.
O clube entende que as investigações, sejam elas contra quem for, precisam ser levadas com seriedade e afinco, a fim de combater qualquer tipo de ilegalidade no meio esportivo. Caso sejam confirmadas, o Náutico, assim como os outros clubes citados, é uma das vítimas.
Diante disso, o clube, na figura do presidente Diógenes Braga, sempre se mostrou disponível para colaborar com as investigações na condição de testemunha. Entendemos que apenas com uma punição séria e justa aos culpados é possível garantir a lisura da prática esportiva em nosso país.