O Palmeiras saiu na bronca com a WTorre, empresa que administra o Allianz Parque, após o clássico diante do Santos no último domingo (28). O elenco do Verdão saiu da partida reclamando das péssimas condições do gramado sintético e exigiu manuntenção.
Empresa que instalou o gramado na arena, a Soccer Grass explicou o motivo das condições do gramado sintético. Jogadores registraram suas chuteiras após a partida e mostraram que as travas estavam cobertas por uma pasta massenta, vinda do gramado.
Veja o que diz a empresa:
"Em função das elevadas temperaturas, como todos têm acompanhado, inclusive passando muito da média histórica da cidade de São Paulo, o termoplástico colocado na composição da formação do gramado sintético do Allianz Parque tem apresentado um problema já identificado, onde ocorre o fato desse termoplástico derreter e se tornar uma pasta", relatou.
"Além das altas temperaturas, constatamos que a poluição também provoca seus efeitos no termoplástico, pois a gordura faz com que potencialize esse problema do termoplástico", complementou a Soccer Grass.
Perigo de lesão
Atleta do Santos, Giuliano também detonou o gramado após sair lesionado em apenas 10 minutos de jogo. A última queixa do Palmeiras sobre o estado do gramado foi após a série de shows que aconteceu no final do ano passado.
Com apenas duas partidas jogadas pelo Palmeiras, Bruno Rodrigues também se lesionou e terá que passar por cirurgia. O clube também liga a lesão do atleta às condições do gramado.
O técnico Abel Ferreira expressou insatisfação com as consequências que os eventos traziam à Arena. Um dos exemplos foi a quantidade de miçangas espalhadas pela grama após show da cantora Taylor Swift.
Com isso, o Palmeiras emitiu nota informando que só voltará a mandar jogos no Allianz Parque quando a Real Arenas - braço da WTorre - resolver os problemas referente ao campo.
Confira a nota do Palmeiras na íntegra
A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo.
Importante salientar que o problema não é a grama sintética, implementada justamente com o intuito de oferecer aos atletas um piso sempre em perfeitas condições, mas o descaso da superficiária com a qualidade do campo, que exige melhorias urgentes.
Em função da irresponsabilidade de terceiros, não temos o direito de colocar em risco a integridade física de profissionais – sejam do Verdão, sejam das equipes adversárias.
Caso a superficiária do Allianz Parque insista em protelar a solução necessária para este grave problema, exigiremos junto aos órgãos competentes a interdição da arena.