A Federação Internacional de Automobilismo afirmou nesta quarta-feira (05/10), que precisará de mais tempo para fazer o levantamento dos regulamentos financeiros e ver quais equipes quebraram o teto orçamentário de 148,6 milhões de dólares (aproximadamente R$ 780 milhões).
Antes mesmo dos cálculos serem feitos, a própria Red Bull, equipe do líder Max Verstappen, admitiu que pode ter ultrapassado o limite estabelecido no ano passado. A Aston Martin também seria outra equipe que teria quebrado o valor. A entrega do relatório acontecerá na próxima segunda-feira, dia 10 de outubro. Junto com o relatório, deve vir a punição à equipe.
A grande discussão é a maneira que a Red Bull teria interpretado a forma que as contas entram no limite de gastos. A infração da Aston Martin seria menor. E nesse caso a decisão é importante para o futuro de uma regra que nasceu no ano passado, após anos de debates.
Atualmente quatro empresas atuam com o nome da Red Bull e têm alguma relação com a Fórmula 1. A Red Bull Racing é a empresa que faz a gestão da equipe. A Red Bull Technologies faz o carro. A Red Bull Advanced Technologies cuida de outros projetos fora da F1 e também temos a recém-formada Red Bull Powertrains, que se dedica ao projeto do motor para 2026. O que está em jogo é como será feito o cálculo dos custos, quando se compra peças desenvolvidas por fornecedores que não fossem da Red Bull Racing em si.
Por que o teto de gastos é tão importante?
A desigualdade financeira entre as equipes sempre foi uma dificuldade para a competitividade da Fórmula 1, categoria que obriga cada equipe a construir seu próprio carro. É por esse motivo que a adoção do teto é importante, juntamente de outras medidas que diminuem o tempo de desenvolvimento aerodinâmico para o futuro do esporte.
O regulamento financeiro criado em 2021, possui 54 páginas e é bastante complexo, justamente para fechar todas as brechas e não ser injusto com nenhuma equipe.
Um ponto importante desse novo prazo, é que Max Verstappen pode conquistar seu segundo título neste fim de semana. Ele só precisa marcar oito pontos a mais que Charles Leclerc, da Ferrari.