O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, deu um prazo de cinco dias para que o general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, apresente informações sobre orientações do governo acerca do uso da cloroquina e hidroxicloroquina contra a covid-19. A informação foi publicada pelo site de notícias G1.
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS), da qual o decano é relator, contesta as orientações do governo, publicadas em protocolo de 20 de maio, pelo Ministério da Saúde. Esse documento libera no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves do novo coronavírus.
As informações prestadas por Pazuello poderão ser usadas por Celso de Mello para decidir sobre o pedido de liminar da CNTS, que pede à Corte para determinar uma série de ações em relação ao uso dos medicamentos.
Confira algumas medidas:
- que o governo pare de divulgar ou retire da internet e redes sociais orientações ou recomendações de cloroquina ou hidroxicolroquina para pacientes da covid em qualquer estágio da doença;
- que as autoridades do governo federal se abstenham de recomendar o uso dos medicamentos para pacientes acometidos de covid-19 em qualquer estágio da doença, suspendendo qualquer contrato de fornecimento desses medicamentos;
- que autoridades do Governo Federal não tomem medidas de enfrentamento à pandemia que contrariem as orientações científicas, técnicas e sanitárias das autoridades nacionais (Ministério da Saúde) e internacionais (Organização Mundial da Saúde - OMS);
- que o governo publique, na página do Ministério da Saúde e no perfil da Secretaria de Comunicação em uma rede social, a seguinte frase: “As evidências científicas mais recentes comprovam que a cloroquina e hidroxicloroquina não têm qualquer efeito no tratamento de pessoas com covid-19 e ainda podem piorar os efeitos da doença, aumento a taxa de mortalidade”.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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