Nesta quarta-feira (29), professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram um protesto contra a volta às aulas presenciais, que têm previsão para acontecer no dia 8 de setembro. Além disso, os profissionais também reivindicaram o pagamento do auxílio emergencial aos profissionais da rede pública estadual, que recebem o salário apenas pelas aulas dadas.
Organizada pelo Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a manifestação teve início nos arredores do Estádio do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, e seguiu rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Para evitar aglomeração por causa da pandemia do novo coronavírus, os profissionais permaneceram dentro de seus carros durante o trajeto. Adesivos ou bandeiras com palavras de ordem como "em defesa da vida" e "salário e auxílio emergencial já" foram colados e levadas nos veículos.
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta, que o protesto dos professores possui "viés político e extremado" e que existe um "diálogo permanente" entre o governo e os profissionais.
"A Apeoesp tem um viés político. Não é de hoje, é de muito tempo. Respeitamos, evidentemente, mas é um viés político e extremado", declarou.
Sobre a pauta do sindicado para que os professores temporários sejam pagos, Doria disse que não existe possibilidade de que isso aconteça. "Não faz sentido que o dinheiro público seja utilizado para pagar quem não está trabalhando. E não é porque nós não desejamos: é porque as circunstâncias de uma pandemia não permitem", falou.
No dia 17 de julho, João Doria voltou a afirmar que as aulas presenciais da rede pública de ensino seriam retomadas no dia 8 de setembro.
As atividades presenciais nas instituições, no entanto, depende de todo o Estado estar na fase amarela do Plano São Paulo, que coordena a flexibilização das medidas de distanciamento social impostas devido à pandemia do novo coronavírus.