Planalto determina sigilo de 100 anos sobre carteira de vacinação de Bolsonaro
O palácio justificou que os dados "dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem" do presidente
O Palácio do Planalto decretou sigilo de um século sobre a carteira de vacinação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A informação é da revista Época, que tentou ter acesso ao documento via Lei de Acesso à Informação. Quando não obteve sucesso, recebeu do Planalto a justificativa que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do chefe do executivo.
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Em diversos momentos, o presidente afirmou que não irá tomar a vacina contra a covid-19, apesar de declarar que vai "dar sinal verde" para todos os imunizantes que tenham registro da Anvisa. Bolsonaro chegou a afirmar, sobre o imunizante da Pfizer, que não se responsabilizaria se “as pessoas virassem um jacaré". Ele também defende a não obrigatoriedade de tomar a vacina.
Durante live nessa quinta-feira (8), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse novamente que, na "melhor hipótese", o Plano Nacional de Imunização (PNI) começa em 20 de janeiro. Em previsão que ele chamou de "média", o período de início se estende até 10 de fevereiro; numa hipótese mais demorada, a campanha começaria em março.
O chefe da Saúde também confirmou, nesta quinta-feira (7), a assinatura de contrato com o Instituto Butantan que permite a incorporação de mais 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O imunizante - produzido junto ao laboratório chinês Sinovac - apresentou 78% de eficácia em casos leves, e 100% nos casos moderados e graves. O governo de São Paulo pretende iniciar campanha no Estado com a Coronavac em 25 de janeiro.
O Ministério da Saúde trabalha com três possibilidades de data para o início da vacinação no Brasil, ressaltadas pelo ministro Eduardo Pazuello:
- Até 20 de janeiro: melhor hipótese, com o uso das vacinas do Instituto Butantan e as doses da vacina da Astrazeneca importadas da Índia
- 20 janeiro a 10 de fevereiro: hipótese intermediária, já com vacinas produzidas no Brasil pelo Butantan e pela Fiocruz
- 10 de fevereiro até início de março: hipóteses de vacinação mais tardia