Por que os brasileiros estão preferindo tomar a vacina da Pfizer?
Mesmo com escassez de vacinas, não é difícil encontrar quem queira escolher o imunizante que vai tomar contra a covid-19
O Brasil está aplicando, atualmente, três imunizantes diferentes contra a covid-19. Até o momento, o da Sinovac/Butantan (CoronaVac) e o da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz foram os mais utilizados no País. Mas, se todas as vacinas têm eficácia comprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por qual motivo boa parte da população diz preferir receber doses do imunizante da Pfizer/Biontech?
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Mesmo com escassez de vacinas, não é difícil encontrar quem queira escolher o imunizante que vai tomar contra o novo coronavírus. Desde a primeira entrega de doses ao Ministério da Saúde, em 29 de abril deste ano, as doses da Pfizer são as mais procuradas nas unidades de saúde. A preocupação com as reações causadas pela vacina da AstraZeneca estão impactando nesse movimento. No entanto, é importante ressaltar que toda e qualquer vacina é segura, e que eventuais reações são completamente normais.
Funcionamento
A vacina da Pfizer é baseada em mRNA, que usa RNA mensageiro sintético, que auxilia o organismo do indivíduo a gerar anticorpos e células de defesa que atuam contra o vírus SARS-CoV-2, possibilitando assim a proteção contra a covid-19. Como o imunizante possui apenas uma parte sintética do material genético do vírus, e não o vírus, ela não tem hipótese de provocar a doença em quem a recebe.
Eficácia
Segundo um novo estudo realizado em Israel com mais de 500 mil pessoas e publicado na revista científica americana Jama, a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech reduz em cerca de 51% o risco de infecções pela covid-19 entre 13 e 24 dias após a vacinação. Contra casos sintomáticos da doença, a vacina mostrou uma efetividade de 54%.
No entanto, os dados do estudo de Fase 3 demonstraram que, embora haja proteção parcial após a primeira dose, são necessárias duas doses da vacina para que o potencial máximo de proteção contra a covid-19 seja atingido. Os resultados de eficácia global da vacina, de 95%, foram aferidos a partir de 7 dias da segunda dose do esquema vacinal.
Reações
Reações ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam a vacina da Pfizer
- dor e inchaço no local de injeção
- cansaço
- dor de cabeça
- diarreia
- dor muscular
- dor nas articulações
- calafrios
- febre
Reações que ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes
- vermelhidão no local de injeção
- náusea
- vômito
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes)
- aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas)
- reações de hipersensibilidade [por exemplo, erupção cutânea (lesão na pele), prurido (coceira), urticária (alergia da pele com forte coceira), angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa)
- sensação de mal estar
- dor nos membros (braço)
- insônia
- prurido no local de injeção
Reação rara (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes)
- paralisa facial aguda.
- Desconhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis)
- reação alérgica grave (anafilaxia)
Que se tiver efeitos adversos, deve falar com o médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Armazenamento
A vacina pode ser armazenada a temperatura -90º C a -60º C por até 6 meses, entre -25º C a -15º C por um período único de 2 semanas e em temperatura de refrigerador entre 2º C a 8º C por até 31 dias. Para possibilitar o transporte aos diferentes países ou locais de aplicação, a Pfizer desenvolveu uma embalagem com potencial de armazenamento da vacina na temperatura necessária a base de gelo seco.