FORAGIDO

Saiba quem é Zé Trovão, caminhoneiro bolsonarista procurado pela PF por incitar atos golpistas

Foragido, ele apareceu na noite de quarta-feira (8) em um vídeo publicado no Twitter, no qual incita outros caminhoneiros a bloquearem rodovias

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Vanessa Moura

Publicado em 09/09/2021 às 7:42 | Atualizado em 09/09/2021 às 7:43
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Acusado de promover, através das redes sociais, a incitação de atos de caráter golpista contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), o caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, autodenominado "Zé Trovão", ganhou visibilidade nacional nos últimos dias. 

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Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, é caminhoneiro e apoiador do presidente Jair Bolsonaro - Reprodução/Twitter

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Foragido da Justiça, ele apareceu na noite da quarta-feira (8) em um vídeo publicado no Twitter. Na gravação, na qual aparece com uma bandeira do Brasil e um chapéu, ele incita outros caminhoneiros a bloquearem rodovias e "fecharem tudo" neste dia 9

"A partir das seis horas de amanhã, do dia 9 de setembro, todas as bases brasileiras: fechem tudo, não passa mais nada. Somente ambulância, oxigênio e remédio. Acabou, não passa mais nada. Estão brincando com a democracia, nos tirando de otário", diz o bolsonarista. 

Em seguida, ele afirma que precisa "resolver o problema do Brasil". "Nós precisamos resolver o problema do Brasil, agora, nesta semana. Chegou a hora de mudarmos tudo de uma vez. Povo brasileiro: vá amanhã para as ruas ajudar os caminhoneiros. É para trancar tudo. Vamos embora. Vamos salvar o Brasil. Fecha tudo", completou.

Procurado

Procurado pela Polícia Federal desde a semana passada, o caminhoneiro teve sua prisão solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, há 5 dias. 

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De acordo com o portal UOL, o advogado de Zé Trovão, Levi de Andrade, afirmou que já entrou com pedido de habeas corpus no próprio STF. "Mas o que eu posso dizer é que meu cliente não vai se entregar —apesar da defesa orientá-lo a cumprir a decisão judicial. Ele está em um lugar seguro. Ele muda de lugar a cada seis horas e de carro também. Ele sabe que a qualquer momento pode ser preso, mas está preparado psicologicamente", afirmou o advogado. 

Mobilização nesta quinta (9)

Pelo menos 16 estados são afetados pelos atos promovidos pelos caminhoneiros desde a tarde dessa quarta-feira (8), segundo boletim divulgado à 1h15 desta quinta-feira (9) pelo Ministério da Infraestrutura.

Os profissionais promovem manifestações a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, querem zerar o PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel já em janeiro de 2022. Até o momento, as informações dão conta que, nas estradas afetadas, os caminhoneiros permitem a passagem de automóveis, veículos de emergência e de cargas de alimentos perecíveis.

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WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
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Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
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Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
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Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
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Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM
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Em Pernambuco, há registro de concentração de caminhoneiros em Igarassu, no Grande Recife (foto), e no distrito de Guadalajara, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado - WELLIGNTON LIMA/JC IMAGEM

Pauta da paralisação

Para justificar os bloqueios, os caminhoneiros adotaram como pauta a defesa por zerar o PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel já em janeiro de 2022, como informado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que discutiu a questão com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além disso, o grupo também busca expor o apoio ao presidente e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Vale lembrar que estes atos tiveram início um dia após os protestos antidemocráticos convocados pelo presidente em 7 de setembro.

De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", um dos líderes do movimento intitulado de caminhoneiros patriotas, Francisco Burgardt, também conhecido como Chicão Caminhoneiro, informou que entregaria ainda hoje um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF.

"O povo brasileiro não aguenta mais esse momento que País está atravessando através da forma impositiva que STF vem se posicionando. O povo brasileiro está aqui [Esplanada dos Ministérios] buscando solução e só vamos sair daqui com solução na mão", disse Chicão, que preside a UBC (União Brasileira dos Caminhoneiros), em vídeo que circula pelas redes sociais.

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