Anvisa diverge da Saúde e mantém indicação de vacina da Pfizer para imunização de adolescentes

A Anvisa informou que, até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina

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Amanda Azevedo, Estadão Conteúdo

Publicado em 16/09/2021 às 19:04 | Atualizado em 16/09/2021 às 19:28
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Após o Ministério da Saúde retirar nesta quinta-feira (16) adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades da lista de grupos cuja vacinação contra a covid-19 é recomendada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota informando que mantém a orientação de imunizar a faixa etária com a Comirnaty, vacina desenvolvida pela Pfizer. Segundo o órgão, até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina.

"Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos", diz a Anvisa, que cita a liberação do imunizante para a mesma faixa etária em países como Estados Unidos, Reino Unido e também na União Europeia. "Benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos", lembra o órgão.

Ao justificar a decisão da Saúde de orientar a suspensão, o ministro Marcelo Queiroga disse que foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes imunizados,  falou em falta de "evidências científicas sólidas" e citou um caso de óbito de adolescente em São Paulo após receber o imunizante. Em seguida, ponderou a falta de relação causal comprovada entre a morte e a vacina.

Anvisa investiga morte

A Anvisa afirmou que vai investigar a morte de uma adolescente de 16 anos após aplicação da Pfizer, caso citado pelo ministro, mas, no momento, "não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina".

"A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina", diz a agência.

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