PANDEMIA

Recife registra baixa carga da covid-19 nos esgotos, diz Rede Monitoramento COVID

Além da capital pernambucana, Belo Horizonte e Fortaleza também tiveram baixa carga, enquanto Brasília e Rio de Janeiro tiveram carga elevada.

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JC

Publicado em 01/10/2021 às 10:08 | Atualizado em 01/10/2021 às 10:51
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Recife registrou baixa carga do novo coronavírus em seus esgotos, de acordo com o Boletim de Acompanhamento nº 06/2021 da Rede Monitoramento COVID Esgotos. Os dados são até o dia 18 de setembro, na semana epidemiológica 37. Além da capital pernambucana, Belo Horizonte e Fortaleza também tiveram baixa carga, enquanto Brasília e Rio de Janeiro tiveram carga elevada.

Nas semanas epidemiológicas 33 (de 15 a 21 de agosto), 34 (22 a 28 de agosto), 35 (29 de agosto a 4 de setembro) e 36 (5 a 11 de setembro), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou no Recife as respectivas cargas virais: 1,7 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil pessoas; 0,6 bilhão; 0,6 bilhão; e 1,3 bilhão. Entre as seis capitais acompanhadas, Recife e Fortaleza registraram as menores cargas das últimas semanas de monitoramento.

Especificamente na semana 33, houve um leve aumento na concentração do novo coronavírus em cinco dos sete pontos acompanhados no Recife. A elevação pode ter sido resultado do Dia dos Pais, que aconteceu na semana anterior. Já a partir da semana 34, as concentrações do vírus voltaram a cair e permaneceram baixas em todos os pontos monitorados. 

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, houve um leve aumento da carga do novo coronavírus nos esgotos nas semanas 35 (de 29 de agosto a 4 de setembro), 36 (5 a 11 de setembro) e 37 (12 a 18 de setembro), quando foram verificadas cargas de respectivamente 33,1 bilhões de cópias por dia do vírus para cada 10 mil habitantes; 23,7 bilhões; e 34,4 bilhões. Essa elevação foi percebida em relação ao período entre as semanas 29 (18 a 24 de julho) e 34 (22 a 28 de agosto), quando a maior carga viral observada foi de 17,9 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil pessoas.

Já na semana epidemiológica 34, o novo coronavírus não foi identificado em duas das quatro sub-bacias monitoradas. Entre as semanas 35 e 37, foi observada uma leve tendência de aumento nas concentrações virais para todas as sub-bacias acompanhadas. Enquanto na semana epidemiológica 37 todos os pontos de monitoramento registraram concentrações virais médias, exceto no ponto MG-SUB-02, onde foi registrada concentração elevada.

Já nos pontos especiais de monitoramento, quatro dos seis pontos acompanhados apresentaram baixas concentrações do novo coronavírus na semana epidemiológica 37. No Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no entanto, foi registrada concentração alta.

Fortaleza

Em Fortaleza, nas semanas epidemiológicas 34 (de 22 a 28 de agosto) e 37 (12 a 18 de setembro), o novo coronavírus não foi detectado em nenhuma das três estações de tratamento de esgotos (ETEs) acompanhadas. Especificamente na semana 34, nas estações e demais pontos de monitoramento, o vírus não foi detectado.

Já nas semanas 35 (29 de agosto a 4 de setembro) e 36 (5 a 11 de setembro), as cargas detectadas nelas foram baixas. Enquanto na semana epidemiológica 34, a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou pela primeira vez a ausência do novo coronavírus em todos os dez pontos monitorados na capital cearense, desde os primeiros dados coletados em junho.

Na semana 37, a presença do vírus não foi detectada em oito dos dez pontos.

Brasília

Brasília apresentou um aumento sistemático das cargas do novo coronavírus medidas nos esgotos da capital federal nas semanas epidemiológicas 34 (de 22 a 28 de agosto), 35 (29 de agosto a 4 de setembro) e 36 (5 a 11 de setembro). Nesse período, as cargas virais registradas foram respectivamente de 442, 551 e 963 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes nas oito estações de tratamento de esgotos (ETEs), que, juntas, atendem a cerca de 80% da população do Distrito Federal.

Devido ao aumento de 75% entre as semanas 35 e 36, a Rede Monitoramento COVID Esgotos emitiu sua primeira Nota de Alerta. No entanto, na semana epidemiológica 37 (12 a 18 de setembro), a carga viral teve uma redução de 60% em relação à semana anterior, caindo para 389 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil pessoas. Segundo o Boletim nº 06/2021, a variação da carga viral no DF é consistente com a variação semanal do número de novos casos de covid-19, o que pode ser observado no gráfico a seguir. A variação da carga também é consistente com a taxa de transmissão da doença no DF.

Na semana epidemiológica 36, em que Brasília recebeu pessoas de fora do DF em função do feriado de 7 de Setembro, sete dos oito os pontos de monitoramento indicaram aumento nas concentrações virais. Somente na ETE São Sebastião não foi registrado aumento na concentração do novo coronavírus nessa semana. Já na ETE Brasília Norte, que também recebe esgoto de hotéis, foi observado o aumento mais expressivo da concentração viral. 

Curitiba (PR)

Nas semanas epidemiológicas 34 (de 22 a 28 de agosto), 35 (29 de agosto a 4 de setembro), 36 (5 a 11 de setembro) e 37 (12 a 18 de setembro), Curitiba registrou estabilidade na carga viral no esgoto. No período foram medidas respectivamente cargas de 82, 72, 106 e 45 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes. Porém, houve redução em comparação às semanas 32 (8 a 14 de agosto) e 33 (15 a 21 de agosto), quando foram detectados respectivamente 160 e 155 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.

Nas semanas epidemiológicas 35 a 37, em relação às semanas anteriores, foi verificada uma tendência de redução das concentrações do novo coronavírus nas sub-bacias acompanhadas nos bairros CIC-Xisto, Tarumã, Boqueirão e na Rodoferroviária de Curitiba. 

Na semana 36, que teve o feriado de 7 de Setembro, em sete dos nove pontos de monitoramento de Curitiba, houve um aumento da concentração do novo coronavírus. As exceções foram os pontos da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) CIC Xisto e do Aeroporto Internacional Afonso Pena. Os mapas a seguir indicam os pontos com baixa concentração (1 a 4 mil cópias por litro das amostras), média (4 mil a 25 mil cópias por litro) e alta (acima de 25 mil cópias por litro).

Rio de Janeiro (RJ)

Nas semanas epidemiológicas 34 (de 22 a 28 de agosto), 35 (29 de agosto a 4 de setembro), 36 (5 a 11 de setembro) e 37 (12 a 18 de setembro), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou respectivamente a seguintes cargas virais: 1,88 trilhão de cópias por dia para cada 10 mil habitantes; 703 bilhões; 197 bilhões; e 646 bilhões.

A carga medida na semana 34 foi segunda maior do histórico iniciado em novembro de 2020, sendo apenas superada pelos 1,91 trilhão de cópias registradas na semana 31 (1º a 7 de agosto). Entre as semanas epidemiológicas 35 e 37, foi observada uma tendência de redução da carga viral, que segue elevada no Rio de Janeiro e está no maior patamar entre as seis capitais acompanhadas pela Rede.

Além disso, a partir da semana 32 (8 a 14 de agosto), passaram a ser contabilizadas as cargas virais de cinco estações de tratamento de esgotos (ETEs) que passaram a ser monitoradas mais recentemente: Deodoro, Sepetiba, Vila Kennedy, Pedra de Guaratiba e Vila do Céu.

Em termos de concentração viral nos 14 pontos de monitoramento no Rio de Janeiro, na semana 37, a concentração viral registrada na ETE Pedra de Guaratiba foi elevada. Nos demais pontos, a Rede Monitoramento COVID Esgotos identificou uma tendência geral de redução das concentrações virais.

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