Caminhoneiros de seis estados realizam nova paralisação nesta quinta-feira (21)
O protesto é organizado por sindicatos e associações de empresários do ramo e não se configura como greve de caminhoneiros
Caminhoneiros e empresas transportadoras realizam nova paralisação nesta quinta-feira (21). A ação foi anunciada para acontecer em seis estados - Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Bahia. O protesto é organizado por sindicatos e associações de empresários do ramo mas não se configura como greve.
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Segundo a organização, a manifestação acontece em favor da redução dos preços do diesel, gás de cozinha e gasolina. Por ser um movimento organizado por empresas, é considerado um “lockout”, ou bloqueio .O movimento não conta com a participação de associações e sindicatos de trabalhadores - o grupo atua para organizar uma greve da categoria no dia 1º de novembro.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, foram colocadas faixas e um caixão em frente a uma distribuidora de combustíveis. “A situação está péssima para o transporte, é complicado. O diesel é caríssimo, a manutenção dos caminhões, as peças, tudo muito caro. O pedágio. Os carros estão todos sucateados devido aos fretes ruins. São vários fatores”, declarou um dos manifestantes ao portal Estado de Minas.
Sem previsão para acabar, a paralisação atinge cerca de 70% do setor, segundo organizadores. Os manifestantes aguardam uma resposta do governo federal.
Governo promete auxílio
No início da tarde desta quinta-feira (21) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a criação de um auxílio para caminhoneiros, durante a entrega de uma obra no município de Sertânia, no Sertão de Pernambuco. Bolsonaro não informou valores ou como funcionará a logística da assistência.
Em sua fala, o presidente voltou a afirmar que prefeitos e governadores adotaram medidas de restrição para derrubar a economia. As medidas, segundo ele, teriam resultado na inflação no preço dos alimentos e aumento também no gás de cozinha e combustíveis.
"Grande parte do que consumimos nós importamos e temos que pagar o preço deles, lá de fora. Nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil vão receber uma ajuda para compensar o aumento no diesel. Fazemos isso porque é através deles que os alimentos chegam nos quatro cantos do país", disse Jair Bolsonaro.