Em visita ao município de Sertânia, para inauguração do Ramal do Agreste, na região semiárida de Pernambuco, nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) garantiu que na próxima semana irá anunciar uma ajuda de custo para 750 mil caminhoneiros autônomos, como forma de compensar a alta do óleo diesel. Sem apresentar números para a ação, o presidente voltou a culpabilizar os governadores pela inflação dos alimentos e do preço dos combustíveis e disse estar fazendo "o possível".
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"iremos atender caminhoneiros autônomos, em torno de 750 mil caminhoneiros receberão ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque através deles que as mercadorias e alimentos chegam nos quatro cantos do País. São momento difíceis, mas ninguém ficará para trás", garantiu o presidente.
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Nesta semana, o governo se viu em meio a ameaças de paralisação nas estradas brasileiras por parte dos caminhoneiros autônomos, que representam uma fragmentação do total de caminhoneiros que atendem a logística do País.
Pelo menos três entidades nacionais de trabalhadores vinculados ao setor de transporte de cargas anunciaram que decidiram decretar estado de greve e que vão deflagrar uma greve nacional a partir de 1º de novembro, se o governo federal não atender reivindicações que remontam à paralisação dos caminhoneiros em 2018.
Pressionado, CNTTL, CNTRC e ABRAVA já haviam, inclusive, incitado novas mobilizações ao longo deste ano, mas sem sucesso em função da fragmentação dos motoristas.
DIESEL
Além da aplicação do tabelamento do frete mínimo, os caminhoneiros autônomos têm como principal reivindicação o custo do combustível, reajustado para cima seguidas vezes nos últimos meses pela estatal federal Petrobras. O preço médio do diesel no País acumula alta de mais de 50% neste ano.
O presidente voltou a culpas os governadores pela alta nos preços de alimentos e combustíveis. "Fazemos o melhor, tanto que posso afirmar que o Brasil é um dos poucos países que menos sofreu com a questão da economia, por ocasião da covid-19, e é um dos melhores a sair (da pandemia)", declarou.
Enfatizando também que "As consequências do 'fica em casa', na tentativa de quebrar a economia, estamos pagando o preço alto, com a inflação do alimento, combustíveis e gás. O mundo vem sofrendo de forma mais grave que nós", em crítica às tentativas de lockdown adotadas pelos governadores durante a pandemia.
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