RIO DE JANEIRO

Operação policial na Vila Cruzeiro, onde cresceu Adriano Imperador, deixa vários mortos

A PM afirma que a operação visa prender os chefes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que estariam escondidos na comunidade

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JC

Publicado em 24/05/2022 às 9:08 | Atualizado em 24/05/2022 às 9:32
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Com informações do jornal O Globo

Uma operação policial deixou, pelo menos, 11 mortos na Vila Cruzeiro, favela em que morava o jogador Adriano Imperador, no Rio de Janeiro. A operação no Complexo da Penha, na zona norte da capital fluminense, envolveu agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), segundo informações do jornal O Globo, na manhã desta terça-feira (24). 

Segundo as forças policiais locais, uma moradora e 10 suspeitos de envolvimento com tráfico foram mortos. Outras três vítimas ficaram feridas. Outras 12 pessoas feridas teriam sido encaminhadas ao Hospital Getúlio Vargas. A PM afirma que a operação visa prender os chefes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que estariam escondidos na comunidade. 

Uma moradora do Complexo foi morta na Rua Doutor Luis Gaudie Ley, na Chatuba, quando passava pelo local e foi atingida por uma bala perdida. Ela foi identificada como Gabriela Ferreira, de 41 anos.

"Foi a perda de uma vida inocente. A gente não vai ter um grande êxito numa operação quando há a morte de uma inocente, uma senhora de 41 anos. Infelizmente, é necessário que a gente faça uma operação como essa. Não é normal criminosos atuarem nessas comunidades com armas de guerra", informou o major da PM Ivan Blaz, o porta-voz da instituição.

Ele explica que a facção atua em diversas áreas do Rio. "Estamos falando de uma facção criminosa que é responsável por mais de 80% dos confrontos armados do Rio. Essa facção que atua na Vila Cruzeiro, no Jacarezinho, no Chapadão e em Salgueiro (São Gonçalo), ela tem uma política expansionista, é uma ideologia de guerra: de enfrentamento e confronto. Não só contra as forças policiais, mas também contra as outras quadrilhas", apontou o Major, em entrevista ao O Globo.

"Não bastasse isso, eles agora estão hospedando criminosos de outros estados, que daqui do Rio dão ordens para cometerem homicídios em outras regiões do Brasil. Então, desarticular essa quadrilha é fundamental e, logicamente, a vítima inocente morta no início da operação tira a ação altruísta que tínhamos", explicou.

Escolas sem aula

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que 19 escolas do Complexo da Penha foram fechadas por causa da operação. As unidades de ensino estão atendendo remotamente. 

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