Operação policial na Vila Cruzeiro, onde cresceu Adriano Imperador, deixa vários mortos
A PM afirma que a operação visa prender os chefes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que estariam escondidos na comunidade
Com informações do jornal O Globo
Uma operação policial deixou, pelo menos, 11 mortos na Vila Cruzeiro, favela em que morava o jogador Adriano Imperador, no Rio de Janeiro. A operação no Complexo da Penha, na zona norte da capital fluminense, envolveu agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), segundo informações do jornal O Globo, na manhã desta terça-feira (24).
Segundo as forças policiais locais, uma moradora e 10 suspeitos de envolvimento com tráfico foram mortos. Outras três vítimas ficaram feridas. Outras 12 pessoas feridas teriam sido encaminhadas ao Hospital Getúlio Vargas. A PM afirma que a operação visa prender os chefes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que estariam escondidos na comunidade.
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Uma moradora do Complexo foi morta na Rua Doutor Luis Gaudie Ley, na Chatuba, quando passava pelo local e foi atingida por uma bala perdida. Ela foi identificada como Gabriela Ferreira, de 41 anos.
"Foi a perda de uma vida inocente. A gente não vai ter um grande êxito numa operação quando há a morte de uma inocente, uma senhora de 41 anos. Infelizmente, é necessário que a gente faça uma operação como essa. Não é normal criminosos atuarem nessas comunidades com armas de guerra", informou o major da PM Ivan Blaz, o porta-voz da instituição.
Ele explica que a facção atua em diversas áreas do Rio. "Estamos falando de uma facção criminosa que é responsável por mais de 80% dos confrontos armados do Rio. Essa facção que atua na Vila Cruzeiro, no Jacarezinho, no Chapadão e em Salgueiro (São Gonçalo), ela tem uma política expansionista, é uma ideologia de guerra: de enfrentamento e confronto. Não só contra as forças policiais, mas também contra as outras quadrilhas", apontou o Major, em entrevista ao O Globo.
"Não bastasse isso, eles agora estão hospedando criminosos de outros estados, que daqui do Rio dão ordens para cometerem homicídios em outras regiões do Brasil. Então, desarticular essa quadrilha é fundamental e, logicamente, a vítima inocente morta no início da operação tira a ação altruísta que tínhamos", explicou.
Escolas sem aula
A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que 19 escolas do Complexo da Penha foram fechadas por causa da operação. As unidades de ensino estão atendendo remotamente.