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Crescimento de Bolsonaro e rejeição a Freixo preocupam aliados de Lula no Rio de Janeiro

PT já vê Freixo como entrave para campanha de Lula no Rio de Janeiro; entenda

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Cássio Oliveira

Publicado em 19/05/2022 às 11:11
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O secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto informou que o partido vai contratar uma pesquisa qualitativa para medir o impacto de Marcelo Freixo (PSB) numa possível candidatura de Lula à Presidência da República.

De acordo com o Estadão, o PT no Rio de Janeiro avalia que o apoio do partido à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo ao governo dificulta a campanha do ex-presidente Lula naquele Estado, por conta da alta rejeição do pré-candidato.

Dessa forma, o Partido dos Trabalhadores não descarta uma candidatura própria, uma coligação com o PSD ou até mesmo um palanque duplo.

"Estamos muito preocupados com o Rio de Janeiro. Fizemos reunião do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral). Contratamos uma pesquisa. A candidatura do Freixo pode estar estreitando a campanha do Lula", disse Jilmar Tatto.

Jair Bolsonaro

O crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio acendeu o alerta dos aliados de Lula. Pesquisa Genial/Quaest divulgada terça-feira mostra Lula e Bolsonaro empatados no Estado.

O presidente saiu de 31% em março para 35%, enquanto o petista foi de 39% para 35%. Freixo está atrás de Cláudio Castro (PL), com 18%, ante 25% do atual governador que é apoiado por Bolsonaro.

Diante disso, Tatto afirmou que um dos cenários possíveis é que o PT lance um candidato próprio ao governo, e um nome viável seria o do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano, hoje pré-candidato ao Senado.

Tatto também não descartou uma composição mais ampla, como uma eventual aliança com o PSD, que lançou Felipe Santa Cruz na disputa ao governo do Rio. "A partir daí zera tudo e põe as cartas na mesa e verifica o que é mais viável", disse ele.

Palanque

O petista destacou que existem três preocupações do PT no Rio: ampliar o palanque a Lula; o acirramento entre o ex-presidente e Bolsonaro; e o PSB local descumprir o acordo de aliança ao lançar o deputado federal Alessandro Molon ao Senado.

O grupo também discutiu nesta quarta-feira, 18, o impasse em relação à vaga ao Senado na aliança entre PT e PSB. Os petistas defendem Ceciliano, enquanto os pessebistas apostam em Molon. Freixo é, até então, o pré-candidato ao governo apoiado pelas duas legendas.

Ao Estadão/Broadcast, o presidente do PT no Rio, João Maurício, disse que será encaminhada à direção do PSB uma proposta para que o acordo ao Senado seja cumprido.

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