O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, participou na manhã desta terça-feira (7) do programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, para detalhar as ações do Governo Federal na malha aérea do Rio Grandes do Sul, em função das fortes temporais que vêm caíndo no Estado desde o dia 29 de abril e já deixaram mais de 80 mortes.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou, na segunda-feira (6), que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas. Por meio de nota, a Fraport, administradora do aeroporto, informou que estabelece o dia 30 deste mês como data final da suspensão das operações.
VISITA AO LOCAL DA TRAGÉDIA
"No último domingo fomos ao Rio Grande do Sul com o presidente Lula e, a partir daí, estamos trabalhando nessas últimas 72 horas em um grande plano de ações do Governo Federal coordenado pelo ministro Rui Costa (Casa Civil). Na segunda ficamos até tarde reunidos com as companhias aéreas e com as concessionárias e a primeira medida que tomamos foi em relação à situação dos nossos aeroportos. O Rio Grande do Sul tem 12 aeroportos, dos quais apenas o de Porto Alegre está alagado", destaca o ministro.
Silvio Costa Filho explicou que estão aguardando a água baixarpara ter uma real dimensão dos danos provocados pelas chuvas. "O aeroporto está inundado, com quase três metros de água na pista. Os terminais, a torre de controle e parte da iluminação está tudo inundada", diz.
Além das ações para recuperar a infraestrutura destruída pelas chuvas, o governo também precisa elaborar um plano de segurança. "Isso porque, infelizmente, o aeroporto vinha sofrendo saques nas últimas 48 horas. Envolvemos a Polícia Federal, o Exército e a iniciativa privada para coibir os saques", informa.
AVIAÇÃO REGIONAL E PORTOS
O ministro também adianta que foi realizada uma reunião com as companhias aéreas para que seja apresentado um Plano Regional de Aviação para os aviões que não conseguem pousar em Porto Alegre, a gente tentar encaminhar para outros aeroportos da Região Metropolitana e do interior do Estado do Rio Grande do Sul", explica.
A ideia é que toda a logística de medicamentos, alimentos e insumos importantes para a população, como colchões e roupas, seja feita de navios pelos portos de Santos, Santa Catarina e Paranaguá. "Há uma grande mobilização nossa com a Marinha e o Ministério do Esporte para poder fazer esse transporte logístico pelos portos do Brasil, adianta Costa Filho.