Órgãos federais registram 571 denúncias de assédio apenas em 2024
Painel da CGU reúne informações das ouvidorias de órgãos federais e informa que a maioria das denúncias são do tipo "conduta de natureza sexual"

Na última sexta-feira (6), o então ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida foi demitido do Governo Lula após denúncias de assédio sexual virem à tona. No dia anterior, o Portal Metrópoles divulgou as denúncias feitas por mais de uma dezena de mulheres contra o ex-ministro.
O caso lança luz sobre um problema recorrente nas instituições públicas. Só esse ano, 571 denúncias e reclamações de assédio sexual foram registradas nas ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. As informações são da Agência Brasil.
O número está disponível no painel Resolveu?, da Controladoria-Geral da União (CGU). Mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.
Órgãos com mais denúncias de assédio
Os órgãos que apontam mais denúncias ou reclamações são a Universidade Federal de Rondônia (32), o Ministério da Saúde (23), a Universidade Federal de Pernambuco (20) e a própria CGU (20).
Além das instituições supracitadas, aparecem também o Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com 11 casos cada um. No Ministério das Mulheres, são nove casos.