Presidente do STF argumenta que Silvio Almeida tem direito à defesa: "como todas as pessoas"
Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, foi demitido na última sexta-feira (6) após denúncias de assédio sexual

Na noite da última sexta-feira (6), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida foi demitido do Governo Lula. A exoneração segue denúncias de assédio sexual que teriam sido cometidos pelo ex-ministro contra mais de uma dezena de mulheres.
"A parte política já passou, com a demissão. Agora, como todas as pessoas, [ele] tem direito à ampla defesa e, depois, se fará justiça", afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A declaração foi dada na saída do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Denúncias contra Silvio Almeida
Há pelo menos dez denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida. Os casos foram denunciados à ONG internacional Me Too. As denúncias foram divulgadas pelo portal Metrópoles na última quinta-feira (5).
Entre as denunciantes, está a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco. Ela e mais 14 pessoas de seu convívio foram ouvidas confirmando os episódios de assédio.
A Polícia Federal registrou a Notícia-Crime e instaurou o inquérito para investigações. O Governo Lula anunciou a exoneração de Silvio Almeida do cargo na noite da última sexta-feira.