LIMPEZA

Programa Águas de Suape vai recuperar riacho no Cabo de Santo Agosinho

O Riacho Algodoais tem dez quilômetros de extensão e corta as zonas industrial e de preservação ecológica do Complexo

Do JC Online
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Publicado em 23/03/2015 às 22:10
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
O Riacho Algodoais tem dez quilômetros de extensão e corta as zonas industrial e de preservação ecológica do Complexo - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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O governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara, lança nesta terça-feira (24) o programa Águas de Suape, que visa a recuperação do riacho Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. O ato será realizado no Palácio do Campo das Princesas, às 11h. Além disso, as 15 famílias residentes no entorno do curso do riacho receberão instruções relacionadas à educação ambiental. O riacho  tem dez quilômetros de extensão e corta as zonas industrial e de preservação ecológica de Suape. O investimento previsto para a execução é de aproximadamente R$ 8 milhões.

O Águas de Suape compõe o plano de ação de meio ambiente e sustentabilidade do Complexo Industrial Portuário para o ano de 2015. Os investimentos já somam R$ 20 milhões. O plano prevê também atividades como a restauração de mata atlântica, a recuperação de mangue, estudo dos animais marinhos e  a inserção socioprodutiva para famílias no entorno do Complexo.

A parte inicial do programa é o projeto Jardim Algodoais, que fará uso de plantas que se alimentam das impurezas despejadas no riacho, e deixam a água limpa em apenas seis horas. Outras etapas do programa incluem a recuperação do curso d’água, com o desassoreamento e o restabelecimento da fauna e da flora locais, com período variável de três meses a um ano. O jardim deve ser percebido pela população até o fim deste ano. Antes disso, a administração de Suape trabalhará no projeto executivo e na realização de obras no riacho.No início do ano,  Suape criou a Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que está à frente das iniciativas nas áreas ambientais e sociais no Complexo. 

O riacho será recuperado com o cultivo de plantas da região. Ao todo, existem 38 espécies de plantas restauradoras disponíveis no Brasil. O uso delas de vida aquática é mais eficaz do que os métodos convencionais de recuperação de cursos d’água, como estações de tratamento de lodo ativado ou lagoas de decantação, porque remove mais de 90% dos poluentes da água e evita assoreamento, o que as técnicas tradicionais não realizam por se concentrarem apenas na filtragem da água.

Aproximadamente 60 profissionais serão mobilizados para deixar o Algodoais limpo,trabalhando com a população do entorno para garantir a preservação do local. Comporão a equipe arquitetos, biólogos, engenheiros ambientais e sanitaristas, além de operários da construção civil e jardineiros. 

Além da recuperação do riacho, as nascentes de seu curso serão avaliadas e estudadas. Ao todo, nove engenhos compõem a microbacia do Algodoais, contando com o próprio Algodoais, que dá nome ao riacho, Rosário e Tiriri. Entre  eles: Setúbal, Serraria, Tabatinga, Propriedade, Meio e Massangana.  

A limpeza é parte da segunda etapa do Águas de Suape. O projeto Nascentes irá beneficiar  65 pessoas que atualmente moram nas margens do Algodoais.  Elas serão realocadas para o Conjunto Habitacional Nova Vila Claudete – Governador Eduardo Campos, que terá 2.620 casas no Cabo de Santo Agostinho. O habitacional já está em obras de terraplenagem. Em dezembro, serão entregues 810 casas do habitacional. 

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