Escolher uma profissão para seguir durante a vida: grande responsabilidade que todo estudante conhece bem. Às vezes a decisão é fácil, natural. Em outras situações, no entanto, diante de tantas opções, o jovem não sabe que caminho seguir. Faltando tão pouco para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre nos dias 8 e 9 de novembro, e para os demais vestibulares do Estado, muitos candidatos ainda não têm certeza se a decisão que tomaram é a correta, o que os deixa inseguros em relação ao que encontrarão na universidade, caso sejam aprovados.
Até o início deste ano, o estudante Geraldo Accioly, 18 anos, estava em dúvida entre os cursos de direito, administração, relações internacionais e economia. “Eu estava muito indeciso”, comentou o adolescente, lembrando que precisou recorrer a um serviço de orientação profissional para fazer sua decisão definitiva. “Foi através dessa ajuda que percebi que era administração o curso com o qual eu mais me identificava”, afirmou.
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“Ficar em dúvida a respeito do que se quer fazer profissionalmente é relativamente comum. O que vemos normalmente, entretanto, é que a maioria dos estudantes que não sabem o que querem, na verdade não têm informações suficientes a respeito de suas habilidades e profissões afins”, explicou Bruna Vaz de Almeida, psicóloga do CPPL, consultoria que presta serviço em orientação profissional para o Colégio Santa Maria.
Existem casos, entretanto, em que o jovem até tem uma ideia da profissão que gostaria de seguir, mas, por uma certa pressão familiar, acaba ficando balançado. “Gosto muito de tecnologia, então quando estava no 1º ano do ensino médio fiz um curso de programação e me apaixonei pela área. O problema é que a minha família quase toda fez direito e por várias vezes tentou me mostrar habilidades minhas que se encaixam nesse perfil profissional. Acabei ficando em dúvida”, disse Larícia Cavalcante, 17.
Assim como Geraldo, o caminho que a jovem encontrou para acabar com a indecisão foi o da orientação profissional. Depois da análise, a adolescente resolveu fazer engenharia da computação. “Fiz a minha escolha baseada nos meus gostos e aptidões. Minha família, mesmo tendo outra preferência, acabou me apoiando”, afirmou. Bruna Vaz ressalta que os pais não devem temer opinar sobre a escolha profissional dos filhos, eles só não podem tentar impor sua vontade. “Os pais não podem ficar calados, eles devem participar desse momento tão importante da vida dos filhos”, completou a psicóloga.