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Plataforma une escolas e voluntários para desenvolvimento de projetos especiais

A plataforma Quero na Escola está com inscrições abertas para que professores lancem projetos em busca de voluntários que ajudem a expandir horizontes

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Publicado em 20/08/2019 às 10:45
Foto: Brenda Alcântara/ JC Imagem
A plataforma Quero na Escola está com inscrições abertas para que professores lancem projetos em busca de voluntários que ajudem a expandir horizontes - FOTO: Foto: Brenda Alcântara/ JC Imagem
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Uma plataforma que junta alunos e professores de escolas públicas que querem aprender coisas novas com voluntários que muito têm a ensinar. Assim funciona o projeto Quero na Escola, que foi criado em São Paulo em 2015, mas que já proporcionou trocas de conhecimentos em várias partes do País, inclusive em Pernambuco. Abertas em julho, as inscrições para a categoria Especial Professor seguem até 10 de setembro e dão oportunidade para que docentes encontrem na plataforma voluntários que ajudem no desenvolvimento de projetos ou atividades extraordinárias. 

Na Escola Municipal Claudino Leal, na cidade Tabajara, em Olinda, a professora Elizabeth Freitas propôs para suas turmas o desenvolvimento de atividades usando jogos matemáticos. Como a proposta exige mais do que ela pode aprofundar sozinha, a professora, que já atua na área há 17 anos, recorreu ao Quero na Escola. “A gente sabe que matemática é uma matéria que carrega muito preconceito e o trabalho precisa ser dobrado. Com os jogos, a gente acaba desmistificando o conteúdo”, comenta. Segundo ela, a expectativa é entreter ainda mais os alunos com as atividades lúdicas. “Quando a gente ensina de uma forma mais leve, menos engessada, eles captam mais. E quando tem alguém de fora ajudando nessa missão, eles ficam ainda mais animados”, diz. 

Esta é a primeira vez que a escola participa do projeto, que também tem outra solicitação de Pernambuco. A Escola Municipal 14 Bis, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife pediu a ajuda do projeto para dois temas que, apesar de não estarem na base curricular, podem complementar a formação dos alunos: paisagismo e música. “Pensamos na música por ser extremamente estimulante para as crianças, ainda mais quando são pequenas e estão na fase de explosão da criatividade. Já o paisagismo, foi uma escolha para aproveitarmos ainda mais o espaço da nossa escola, que tem uma área verde belíssima. Queremos trabalhar com eles a importância de cuidar da natureza e da nossa escola como espaço de bem comum”, explica a professora Ana Catarina Cordeiro. 

O Quero na Escola Especial Professor é realizado anualmente e as atividades são desenvolvidas em outubro. Mas, ao longo do ano letivo, alunos podem enviar demandas na categoria Quero na Escola Regular. Por mês, cerca de 10 a 20 atividades são realizadas. Segundo a coordenadora e co-fundadora do projeto, Cinthia Rodrigues, a ideia é juntar interesses das escolas com o que a sociedade tem a oferecer. “Na nossa visão, a escola já tem muitas coisas para dar conta sozinha e é impossível estar disponível para todas as demandas dos estudantes. Nossa proposta é que os alunos tenham mais autonomia e digam o que querem aprender. Assim como os professores, que podem recorrer a nós para preencher lacunas que sozinhos não dão conta”, explica. Hoje, o projeto já conta com mais de 20 mil jovens atendidos, em 54 cidades de 14 estados. 

Como participar

Atualmente, 300 pedidos de estudantes estão aguardando por voluntários. Para pedir ajuda ou ajudar, basta o preenchimento de um formulário no site do Quero na Escola (www.queronaescola.com.br). Voluntários podem se candidatar a vagas criadas pelos professores ou alunos de acordo com suas habilidades e campos de conhecimento. A ponte entre os dois grupos é feita pelos organizadores da própria plataforma.  

 

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