As 32 cruzes de madeira branca plantadas no gramado em frente à sede da Celpe, na Avenida João de Barros, no bairro da Boa Vista, simbolizam a indignação dos familiares e amigos de Davi Santiago Filho, de 37 anos, morto eletrocutado após pisar em um fio no último dia 11 de junho, no bairro de Setúbal. O grupo realiza um protesto durante a manhã desta terça-feira (25) pela morte de Davi e pelas outras 31 que ocorreram no Estado no ano passado.
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Os manifestantes esperam desde cerca da 11h para falar com algum representante da Celpe, mas ninguém ainda se pronunciou. Algumas pessoas chegaram a entrar no prédio, mas encontraram o saguão da recepção vazia e as portas trancadas com cadeados.
Elas pretendiam entregar à petição uma carta aberta em que relatam os problemas dos fios desencapados que resultaram nas 32 mortes e exigem ação da companhia.
Uma pequena comissão formada pelo pai de Davi e o advogado da família se reúne com a Celpe durante esta manhã enquanto os outros familiares e amigos colhem assinaturas para um abixo-assinado que irá ser transformado em proposta de lei de iniciativa popular.
São necessárias 1 milhão de assinaturas para que o projeto possa chegar até o Congresso Nacional. A proposta valeria para todas as companhias de energia do País e exiiria que elas fossem obrigadas a embutir todos os fios subterraneamente.
O grupo irá continuar circulando pelas ruas e shoppings do Recife nos próximos dias até conseguir o número de assinaturas.