A possibilidade de a estudante Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, ter sido atropelada por outro veículo ao cair do ônibus onde estava na última sexta-feira (8), está descartada pelos depoimentos iniciais de testemunhas. Quatro alunos do curso de biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que acompanhavam a garota negaram o fato, ao serem ouvidos na Delegacia de Delitos de Trânsito, nesta terça-feira.
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O pai da garota, Wellington Pires, também depôs e afirmou à imprensa que a transportadora tem responsabilidade no fato, pois o veículo abriu a porta em movimento.
Conforme o delegado que apura o caso, Nilson Mota, somente a perícia feita ontem no ônibus pelo Instituto de Criminalística (IC), junto com o laudo tanatoscópico do Instituto de Medicina Legal (IML) vão esclarecer o que realmente provocou a morte de Camila.
As testemunhas apresentaram a mesma versão: Camila entrou pela porta do meio, devido a superlotação do ônibus que fazia a linha Barro-Macaxeira. A bolsa dela ficou presa. O motorista queimou a parada seguinte e pouco depois a porta abriu e a garota caiu. Os passageiros gritaram para o condutor parar e desceram. Ninguém viu sinal de outro ônibus ou carro que pudesse ter atroplado a estudante, que permaneceu consciente até chegar ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), onde faleceu.
O pai da garota contou que os amigos ligaram para a avó dela, que o informou do acidente. Ele passou em casa, pegou a esposa e seguiu para o local, onde chegaram em vinte minutos, tendo encontrado a garota sendo socorrida por bombeiros. "Ela teria reclamado de dores e sede", salienta o delegado.
Na próxima sexta-feira foram chamados a depor o motorista e o cobrador do ônibus, além de outras duas testemunhas listadas no boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).