Cais José Estelita

Novo Recife: tráfico de influência no rol de investigação da PF

Superintendente da PF garantiu também que busca indícios de outros crimes, como corrupção ativa e passiva, uso de documentos falsos e associação criminosa

Do JC Online
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Publicado em 01/10/2015 às 8:59
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Superintendente da PF garantiu também que busca indícios de outros crimes, como corrupção ativa e passiva, uso de documentos falsos e associação criminosa - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Durante a entrevista coletiva manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal afirmou também que a investigação quer ir além da fraude no processo de leilão do terreno do Cais José Estelita. O superintendente Marcello Diniz Cordeiro garantiu que busca indícios de outros crimes associados, como tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, além do uso de documentos falsos e associação criminosa. Ao referir-se ao tráfico de influência, o superintendente chegou a citar possíveis relações com políticos.



“A investigação poderá ainda ter vários desdobramentos. Por isso, deflagramos a Operação Lance Final, realizando buscas e apreensões no escritório das empresas envolvidas. O objetivo é apreender material que nos leve a outras relações. Queremos saber se os dois alvos (Consórcio Novo Recife e Milan Leilões) tinham relação entre si e com outros atores. Se o relacionamento existia, qual o tipo. Vamos apurar tudo”, assegurou Marcello Diniz.

Prefeito do Recife na época em que foi realizada a venda do terreno no Cais José Estelita, o hoje superintendente da Sudene, João Paulo (PT), garantiu ao JC, que o leilão público não teve nenhuma participação da gestão municipal. O petista também assegurou que, na ocasião, não tomou nenhuma atitude em favor do Consórcio Novo Recife que possa ter ensejado a dúvida sobre tráfico de influência na operação.

“A prefeitura não teve nenhuma participação no processo do leilão, realizado pela Caixa Econômica Federal”, afirmou João Paulo. “A gente estava trabalhando em outro projeto para o terreno, que era o Complexo Cultural Recife-Olinda, uma parceria do governo federal, do governo estadual e das Prefeituras de Olinda e do Recife. Mas ele não foi adiante”, lembrou o ex-prefeito.

João Paulo também disse que em nenhum momento a prefeitura foi procurada pela Caixa Econômica Federal ou pelas empresas para tratar do leilão.

PREFEITURA A reportagem tentou saber da Prefeitura do Recife se a investigação da Polícia Federal afeta de alguma forma a implantação do Projeto Novo Recife. Também queria saber se a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que irá discutir o projeto, prevista para amanhã, está mantida. Mas não teve retorno do município até as 20h da quarta-feira.

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