SAÚDE

Policlínica Lessa de Andrade vai atender bebês com microcefalia

O serviço estará disponível a partir de 4 de janeiro. Lá, portadores da anomalia vão contar com o apoio de profissionais especializados

Do JC Online
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Publicado em 30/12/2015 às 5:05
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O serviço estará disponível a partir de 4 de janeiro. Lá, portadores da anomalia vão contar com o apoio de profissionais especializados - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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A Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, começa a atender, a partir de 4 de janeiro de 2016, crianças diagnosticadas com microcefalia. A medida foi anunciada na manhã desta terça-feira (29) pelo prefeito Geraldo Julio durante a apresentação do balanço das ações do Plano Emergencial de Enfrentamento ao Aedes aegypti. A policlínica vai atuar como um centro de referência na reabilitação, onde profissionais capacitados vão promover diferentes estímulos para os bebês.

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Oito especialistas vão prestar atendimento: dois neuropediatras, dois fonoaudiólogos, dois fisioterapeutas e dois terapeutas ocupacionais. Eles só devem começar os estímulos visuais, motores e cognitivos após a criança ter o diagnóstico de microcefalia confirmado em uma das duas unidades de saúde de referência para atendimento dos casos: o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

Para o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, ainda não há um padrão para o tratamento. “Já temos profissionais que lidam com microcefalia no Brasil, mas esse padrão específico, ligado ao zika vírus, ainda é novo, e os médicos vão aprender a tratar no decorrer do atendimento”, diz. A meta é começar os estímulos o quanto antes. “A premissa básica é que, quanto mais cedo os bebês forem estimulados, melhor será o ganho de desenvolvimento ao longo da vida”, explica.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, apontou dois lados no combate à dengue, chicungunha e zika: o acompanhamento das crianças que nasceram com microcefalia e a destruição dos focos do Aedes aegypti. Desde que entrou em vigor, o plano emergencial realizou 54 ações, 44 gerais e 10 específicas de saúde, através de 19 secretarias e órgãos municipais. Entre elas, a capacitação de 3.922 servidores, a vistoria de mais de 210 mil residências desde novembro e a remoção de mais de 80 toneladas de lixo e entulho que poderiam abrigar focos do mosquito.

A expectativa da prefeitura é fortalecer as medidas para diminuir a proliferação do Aedes aegypti de fevereiro a junho do próximo ano. “Não podemos deixar que a população do mosquito aumente como aconteceu este ano”, ressalta o prefeito. A partir de fevereiro, o foco da prevenção serão os alunos de escolas e faculdades públicas e particulares. “As crianças e adolescentes levam essa ideia para casa e influenciam os pais.”

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