O primeiro dia de funcionamento integral do Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Alto Santa Terezinha, na Zona Norte do Recife, é hoje, das 9h às 18h. A comunidade vai poder realizar inscrições para as mais diversas atividades do espaço, da biblioteca às modalidades esportivas, passando pelos cursos de idioma. Por enquanto, o acesso à biblioteca será liberado apenas para consultas, sem a locação dos livros. As salas de estudo do Compaz também poderão ser utilizadas. Para fazer o cadastro é preciso levar comprovante de residência e documento com foto.
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A expectativa é de que outros serviços como a unidade do Procon, o espaço de mediação de conflitos e o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica comecem a funcionar até o final do mês.
O Compaz deve realizar cerca de 40 mil atendimentos mensalmente, num espaço de 13 mil metros quadrados. O equipamento foi inaugurado no último sábado – dia do aniversário do Recife – pelo prefeito Geraldo Julio. Foi batizado de Compaz Governador Eduardo Campos.
Na manhã de ontem, muitas pessoas da comunidade marcaram presença na Praça de Eventos, trecho que ficará aberto todos os dias, por 24 horas. O grupo de dança de rua Step Evolution, formado por jovens da comunidade, ensaiava passos no local. “A gente já usava o antigo Centro Social Urbano que existia aqui, mas esse espaço é bem melhor”, comenta o dançarino Christopher Alex, 22 anos. “O que a gente gostaria de ter agora é uma sala própria, com som e um piso adequado”, pede.
Estudante do 7º ano do ensino fundamental, Yasmin Vitória, 13 anos, pretende concorrer a uma vaga no curso de inglês, que será ministrado pelo British Council. “É uma oportunidade muito boa para a gente que mora e estuda aqui no Alto”, diz ela.
A estrutura do Compaz que foi inaugurado no sábado contrasta com a dos outros dois, que estão com as obras paralisadas. No bairro do Cordeiro, Zona Oeste, a unidade que fica entre as Avenidas Abdias de Carvalho e General San Martin, é um amontoado de mato e entulhos. Não se vê vigias no local. “Há cerca de uma semana, uma mulher foi arrastada para dentro da obra e estuprada. Sem contar que o local virou um amontoado de lixo, e termina juntando mosquitos”, reclama a estudante Bruna Holanda, que mora no prédio ao lado do terreno.
No Compaz da Ilha Joana Bezerra – obra do governo do Estado – também não há serviços. Apenas a piscina servindo como um enorme reservatório para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Aqui todo mundo já teve dengue, zika ou chicungunha, até minha filha de nove meses”, reclama a cabeleireira Arlane da Silva, que mora na Rua João Meira Lins, ao lado do local será construída a unidade.
A Prefeitura do Recife garante que o Compaz do Cordeiro será entregue até o final de dezembro. Quanto à unidade da Ilha Joana Bezerra, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos explica que 66% dos serviços estão concluídos, mas que ainda não há previsão para a retomada das obras. A responsabilidade sobre o equipamento era da Secretaria das Cidades, e o processo de repasse para a pasta de Justiça e Direitos Humanos vai exigir um novo processo licitatório para a conclusão dos trabalhos.
