A Igreja da Madre de Deus está em campanha para fazer a obra de recuperação do telhado e a descupinização do templo católico, localizado no Bairro do Recife. De acordo com o pároco, padre Rinaldo Santos, o serviço está avaliado em R$ 76 mil, com a substituição de telhas e madeiras. Desse total, ele já conseguiu levantar 50%.
Por causa da infestação de cupins, que atacou ripas e caibros, parte do telhado cedeu e telhas foram destruídas, informa o pároco. A empresa que vai executar a obra já está contratada e o prazo previsto para conclusão é de três meses. “Pretendemos começar o trabalho na última semana de novembro ou no início de dezembro”, diz padre Rinaldo Santos.
Ele avisa aos fiéis que não haverá necessidade de interditar a igreja e as atividades religiosas estão mantidas. Recentemente, o pároco promoveu um jantar beneficente em prol da obra. O próximo evento, ainda sem data, será uma exposição de quadros doados por artistas plásticos. A ideia da igreja é produzir gravuras com os desenhos, assinadas pelos artistas, e vender ao público.
“Depois, vamos fazer um leilão com os quadros. São cerca de 12 peças”, afirma o padre, acrescentando que participarão da mostra artistas como Tereza Costa Rego, José Cláudio, George Barbosa, Roberto Ploeg, Alberto Simões, Antônio Mendes, entre outros.
Além do telhado, o prédio tombado como monumento nacional apresenta outras avarias. “Precisamos restaurar imagens de santos, a porta principal e os sinos. Tivemos de escorar um sino para não cair”, destaca. O piso de madeira do consistório, no primeiro pavimento, está infestado de cupins.
“Nos últimos anos fizemos pequenos reparos, para manter o prédio seguro. Agora vamos executar uma obra de maior porte”, avalia o religioso. Colaborações em dinheiro podem ser depositadas na Caixa Econômica Federal, agência 0050, operação 003 e conta corrente 4258-4, em nome da Paróquia São Frei Pedro Gonçalves. O código do banco é 104. O CNPJ da paróquia é 01709540/0001-01.
SÃO JOSÉ
Também no Centro do Recife, a Igreja Matriz de São José continua à espera de ajuda para a obra completa de restauração do prédio. A edificação foi interditada pela Defesa Civil em março de 2008. Na época, a intervenção era avaliada em R$ 900 mil. “Depois de sete invernos sem nada ser feito, os danos se agravaram e o trabalho está custando entre 5 e 6 milhões de reais”, declara José Bezerra, sacristão da igreja.
O telhado vem desabando aos poucos, levando o forro junto. “Quando chove, a água entra no prédio e molha tudo, os ossuários estão sendo atingidos”, diz o sacristão. O piso de madeira do primeiro andar está danificado em vários trechos. Afrescos no arco da capela expostos a sol e chuva começam a se estragar. A pintura de um apóstolo que decorava uma das colunas da nave desabou no chão, devorada por cupins.
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“São 12 colunas na nave e em cima de cada uma tem a figura de um dos apóstolos. Tudo está se acabando”, observa José Bezerra, que trabalha no templo católico há 34 anos. Árvores cresceram num dos corredores laterais, no primeiro andar, no local onde o telhado desabou. Telhado e forro também ruíram na sala de reuniões, no primeiro piso.
José Bezerra lembra que a obra de restauração do imóvel está atrelada ao Projeto Novo Recife, previsto para o Cais José Estelita, na área central. “Seria uma medida mitigadora. As empresas iriam bancar o serviço, mas até hoje só tivemos reuniões”, afirma. A igreja mantém uma conta na Caixa Econômica Federal para doações: agência 1294, operação 003, conta corrente 3839-0. “O dinheiro arrecadado só paga as contas de água, luz, telefone, IPTU e INSS”, assegura ele.
Depois da interdição, as missas são celebradas na Capela da Santíssima Trindade, na Avenida Dantas Barreto, 1239, no Centro da capital pernambucana, todo domingo às 9h. Outras cerimônias devem ser agendadas com a igreja.