Uma mulher extremamente dedicada à família e uma profissional alegre, leve e sempre muito comprometida com o que fazia. Lúcia Araruna, chefe da Diretoria Cível do 2º grau da capital, onde Maria Emília trabalhava, diz que a lembrança da amiga de trabalho é de uma pessoa feliz, que vai deixar um vácuo muito grande entre os que conviveram com ela.
JORNAL DO COMMERCIO – Como era Maria Emília no trabalho?
LÚCIA ARARUNA – Uma pessoa alegre, leve, comprometida com o que fazia e uma colega muito querida. Uma profissional exemplar, bacharel em direito, que deu uma contribuição enorme nos anos em que passou no tribunal, na nossa diretoria, e com um futuro muito grande pela frente. Como pessoa, carregava aquela felicidade que a gente tem de compartilhar parte de nossas vidas. Sempre de alto-astral, de pensamento positivo. Ela deixa um vácuo muito grande entre os seus colegas.
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JC – Vocês fizeram uma homenagem muito bonita, colocando flores e velas ao lado do computador dela, hoje (ontem) pela manhã. Como foi chegar ao trabalho, sabendo que ela não estaria mais lá?
LÚCIA – Muito difícil. Foi um dia de muita dor e tristeza. Voltar ao trabalho com uma notícia tão impactante quanto essa. A homenagem feita pelos colegas foi uma forma de ressaltar o amor e o carinho que tínhamos por ela.
JC – O choque da perda é ainda maior pela forma como tudo aconteceu?
LÚCIA – Sem dúvida. Uma vida nova, prematura e tirada de uma forma violentíssima. Pedir a Deus que ampare todos os familiares e que conforte o esposo, que todos nós esperamos que se recupere. A irmã dela também está em choque, pedindo forças para superar esse momento.
UMA MÃE DEDICADA À FAMÍLIA
JC – Na hora do acidente, Maria Emília estava voltando da casa do sogro, onde tinham ido almoçar. Era muito forte essa ligação dela com a família?
LÚCIA – O que a gente pode dizer de Maria Emília é que ela era uma pessoa completamente dedicada à família, sempre o marido e os filhos estavam em primeiro lugar. Eram muitas fotos e viagens com os filhos. Toda a sua vida dedicada às duas crianças. Uma vida pessoal feliz e, profissionalmente, uma carreira muito promissora. Tudo isso agora foi interrompido.
JC – Qual o sentimento em relação à apuração do crime? Vocês acreditam que a Justiça conseguirá punir o responsável por essas mortes?
LÚCIA – Eu peço que Deus proteja todos nós e aqueles que vão ficar com o caso para que ele seja realmente resolvido. Eu acredito na justiça dos homens e na de Deus.