SUPERAÇÃO

Detentas recebem certificado de conclusão de curso com homenagens no Recife

Elas são integrantes do projeto social Rhema Prisional, que leva o ensino bíblico para dentro dos presídios

Bianca Sousa
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Bianca Sousa
Publicado em 10/12/2018 às 18:33
Foto: Cortesia/Rinaldo Oliveira
Elas são integrantes do projeto social Rhema Prisional, que leva o ensino bíblico para dentro dos presídios - FOTO: Foto: Cortesia/Rinaldo Oliveira
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A esperança da vida além das grades levou oito detentas da Colônia Penal Feminina em Abreu e Lima, no Grande Recife, a terem um dia diferente. Elas eram o centro das atenções, mas, desta vez, ao invés de estarem em um julgamento, eram motivo de orgulho e emoção das mais de quatro mil pessoas que prestigiavam a formatura do Rhema Prisional, um projeto social que leva o ensinamento bíblico para dentro dos presídios.

A celebração do curso, que tem duração de 15 meses, com direito à entrega de certificado, aconteceu durante o sábado (8), no Classic Hall, em Olinda, no Grande Recife. Músicas, histórias de superação e alegria embalaram a noite.

“Aquilo que parecia ser minha morte, mas Jesus mudou minha sorte. Sou um milagre, estou aqui!”, cantaram as apenadas, em uma só voz, a liberdade que, segundo pregado pela fé religiosa, supera as barreiras da prisão.

Indo contra a crise que o sistema carcerário brasileiro enfrenta, projetos de inclusão, como o Rhema Prisional são uma alternativa de esperança para superar as condições a que são submetidas.

"Palavra Revelada"

Muito além de religião, a ação adentra nos cárceres para levar dignidade a quem está recluso. Uma detenta, com 22 anos de pena, que destes, já cumpriu oito, é uma das alunas graduadas. Em um dos momentos da festividades, ela encena, em um filme, um episódio de desespero dentro da cela, até que conhece a “Palavra Revelada”, assim como se denomina o curso.

“A parte mais emocionante foi quando todas falaram ‘e conhecereis a verdade, e a verdade vós libertará’, e neste momento uma grade caiu no chão, simbolizando todos os impedimentos que elas têm fisicamente, mas que naquele momento, elas ressurgem com a esperança de uma nova vida”, conta Daniel Domingos, participante do evento.

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