No fim da noite dessa quarta-feira (24), após mais de 15 horas de trabalhos com o auxílio de voluntários, o Corpo de Bombeiros conseguiu resgatar o corpo da jovem que havia desaparecido após um deslizamento em Caetés 1, Abreu e Lima, no Grande Recife. Maria Eduarda da Silva, 21 anos, estava grávida de oito meses.
Entre as dezenas de pessoas que acompanhavam a procura pelo corpo da jovem, estava o marido dela e pai da criança, Breno José da Silva, 28. Morador de Itamaracá, ele foi para Caetés 1 assim que soube do acidente, por volta das 8h dessa quarta, na expectativa de encontrá-los com vida. Mas a cada hora, a esperança ia diminuindo.
Em entrevista ao JC, Breno contou que ele e Maria Eduarda estavam felizes e planejando comprar, no próximo sábado, a roupa da saída da maternidade do bebê, que nasceria até 8 de agosto. "A gente estava muito feliz antes disso tudo. Eduarda estava bem ansiosa pelo nascimento do nosso filho. Nossas famílias também. A ficha ainda não caiu. É muito triste o que aconteceu", lamentou o jovem.
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Confira a entrevista:
JC – Como você soube do acidente?
Breno José da Silva – Moro em Itamaracá (Litoral Norte). Estava dormindo quando ligaram para mim, por volta das 7h, dizendo que tinha havido um deslizamento de barreira e que atingiu a casa da família de Eduarda. Ela estava morando comigo, mas veio para a casa dos pais no sábado para participar do chá de fraldas de uma amiga. E porque foi aniversário do irmão mais velho dela no domingo.
JC – Quando você falou com Eduarda?
Breno – Terça-feira, por volta das 23h40. Conversamos e ela disse que queria estar comigo. Havíamos combinado que ela passaria a semana com os pais. No próximo sábado eu viria buscá-la pra gente ir no Centro do Recife comprar a roupa da saída da maternidade do nosso filho. A previsão era de que ele nascesse até 8 de agosto. Estava tudo pronto para o nascimento dele. Temos berço, enxoval. Fizemos o chá de fralda no sábado da semana passada. Nosso filho se chamaria Brendo Nicólas.
JC – Você acha que o acidente poderia ter sido evitado?
Breno – Não sei. Tinha o muro de arrimo em cima da casa. Alguns moradores disseram que a água não estava conseguindo passar pelas canaletas. Pode ser que isso tenha deixado a barreira encharcada e por isso, o deslizamento.
JC – Qual o sentimento diante dessa tragédia?
Breno – A gente estava muito feliz antes disso tudo. Eduarda estava bem ansiosa pelo nascimento do nosso filho. Nossas famílias também. A ficha ainda não caiu. É muito triste o que aconteceu.