A duas semanas do Carnaval, Olinda e Recife já estão vestidas para receber a festa. Nas cidades, enfeites e adornos que remetem à folia já estão distribuídos pelas ruas e ladeiras.
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Com o tema "Carnaval de outro mundo", a aposta de Olinda é em uma decoração "intergalática". Figuras de personagens que agregam a cultura local com o futurista já podem ser vistos pela Cidade Alta. A Sereia Foliã, a Fada Percussionista, o Astronauta Caboclo de Lança, o Unicórnio Passista, o Extraterrestre Manguebeat e o Alien Papangu decoram a fachada da sede da Prefeitura, no Sítio Histórico.
Os painéis formados por fitas metálicas, que fizeram sucesso no ano passado, estão de volta para a alegria dos foliões - sobretudo para aqueles que gostam de tirar fotos. A área coberta chega chegará a 3.600 m². Veja:
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Enquanto isso, no Recife, elementos circenses dão vida ao Carnaval de tema "A criança, o circo e a cultura popular". No meio das pontes que levam ao Bairro do Recife, foram colocados pórticos que simulam a tenda de um circo e emulam a compra do ingresso para o espetáculo. O piso da Ponte Buarque de Macedo, assim como o da Avenida Rio Branco, recebem adesivos com desenhos de picadeiro.
As ruas do Bairro do Recife foram ornamentadas com bandeirinhas e iluminação nas árvores. Imagens de mágicos, palhaços, trapezistas, bailarinas, malabaristas, equilibristas, engolidores de fogo e engolidores de espadas estão estampadas em banners.
Camila Leão/PCR Imagem |
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Por que 9 de fevereiro é dia do frevo?
O clima carnavalesco que já toma conta do Recife e de Olinda ganha mais um reforço neste domingo (9): o Dia do Frevo. A data remete ao momento em que o termo "frevo" foi usado pela primeira vez, em 1908, em uma edição do extinto jornal Pequeno.
O nome frevo tem origem na palavra ferver, que na pronúncia popular virou "frever". O frevo surgiu em Pernambuco, entre o final do século XIX e o início do século XX, como um ritmo carnavalesco.
Originalmente, o frevo não tem letra, é apenas tocado por uma orquestra. A dança no ritmo que “entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” mistura passos de ballet, capoeira e cossacos e, embora arraste multidões na democrática manifestação que é o Carnaval de Pernambuco, o frevo tem uma dança complexa e que conta ainda com o toque da famosa sombrinha colorida, utilizada com bastante técnica pelos dançarinos.
Além de vários passos, o frevo também tem é dividido em outros ritmos, como o frevo-de-rua, o frevo-de-bloco e o frevo-canção. O primeiro é exclusivamente feito para dançar, enquanto o frevo-de-bloco é tocado por uma orquestra de Pau e Corda e embala os blocos líricos do Carnaval pernambucano. O frevo-canção, por sua vez, é mais lento, composto por uma introdução e uma parte cantada, terminando ou começando com um refrão.
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Patrimônio imaterial
Em 2016 o frevo foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). De acordo com a Unesco, o patrimônio cultural imaterial é transmitido entre as gerações e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, da interação com a natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, o que contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.